A Caixa divulgou na terça-feira (27) lucro líquido em 2017 de R$ 12,5 bilhões, o maior da história. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 202,6%. Em dezembro, o banco possuía R$ 2,2 trilhões em ativos administrados, avanço de 1,9% em 12 meses, com destaque para os ativos próprios, que totalizaram R$ 1,3 trilhão.

A carteira de crédito alcançou saldo de R$ 706,3 bilhões em dezembro, com participação de mercado de 22,4%. Pela primeira vez, desde 2002, houve redução de 0,4% em 12 meses.

A Caixa não reduziu suas taxas na concessão de crédito, diferente dos demais bancos, o que consolida a perda na liderança em setores como a habitação. Desde novembro, a Caixa está atrás dos demais bancos nas concessões mensais do SBPE.

Em 2017 foram pagos na Caixa cerca de 158,4 milhões de benefícios sociais, correspondendo a R$ 28,7 bilhões. Somente o Bolsa Família pagou R$ 27,8 bilhões. Em relação aos programas voltados ao trabalhador, o banco foi responsável por realizar 292,3 milhões de pagamentos, que totalizaram R$ 313,7 bilhões. Também foram realizados 71,7 milhões de pagamentos de aposentadorias e pensões do INSS, que totalizaram R$ 94,7 bilhões.

Redução do quadro de pessoal – O ano de 2017 foi mais um em que a Caixa apresentou redução no quadro de pessoal. Em dezembro, eram 87.654 empregados, redução de mais de 7 mil em relação a 2016 e de cerca de 14 mil nos últimos três anos, sobretudo em razão de planos de aposentadoria e demissão voluntária. E a queda não para: o total de trabalhadores diminuiu mais um pouco no início deste ano, em razão do Plano de Desligamento de Empregados (PDE).

O aumento de gasto com pessoal foi explicado, pela Caixa, como sendo decorrente das indenizações pagas nos programas de demissão voluntária.

Pagamento da PLR – Até o fechamento desta edição, o banco não havia divulgado quando iria creditar a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados dos empregados. O pagamento está garantido no ACT 2016/2018 e deve ocorrer até 31 de março.

Na Caixa, a PLR é composta pela regra básica Fenaban, prevista na Convenção Coletiva 2016/2018, correspondente a 90% do salário mais R$ 2.183,53, limitado a R$ 11.713,59; parcela adicional, que representa 2,2% do lucro líquido dividido pelo número de empregados, até o limite individual de R$ 4.367,07; e a PLR Social, equivalente a 4% do lucro líquido, distribuídos linearmente entre os trabalhadores. A primeira parcela, correspondente a 60% do total, foi creditada em 20 de novembro do ano passado.

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