Os representantes dos empregados da Caixa veem com desconfiança os anúncios feitos pelo banqueiro e Ministro da Fazenda Henrique Meirelles, em entrevista coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira, 17 de maio.

“Entregar o Banco Central a um banqueiro de banco privado é preocupante, pois, favorece o rentismo prejudicando o setor produtivo”, aponta o diretor da APCEF/SP, Edvaldo Rodrigues da Silva.

Em março o banqueiro Henrique Meirelles se empenhou na reinvenção do Banco Original, que já investiu R$ 600 milhões em sua plataforma digital e visa elevar sua clientela para 100 mil pessoas, declarando que irá avançar independente do ciclo econômico do País.

 Enquanto abrem a carnificina contra os bancos públicos tentando mostrar, mais uma vez, que estes bancos não têm capacidade de concorrência no mercado, se empenham em investimentos como este, dando continuidade ao projeto derrotado nas urnas, a partir das eleições de 2.002, que atacava o trabalhador e colocava o País de joelhos ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Apesar de Meirelles ainda não anunciar o nome do novo presidente da Caixa, as diretrizes que devem ser adotadas para o banco e os rumos que serão dados às políticas sociais e de desenvolvimento financiadas pela Caixa, os representantes dos empregados têm certeza de que as declarações apontarão para o esfacelamento da Caixa, a redução do mercado do Banco do Brasil e a redução gradativa dos programas sociais.

A APCEF/SP está fazendo o debate com os empregados e com a sociedade. “A hora é de resistir, vamos lutar para que os nossos direitos não sejam retirados, como estão se desenhando os encaminhamentos das primeiras decisões deste novo governo que não tem interesse em manter a Caixa como um banco social”, reforça o diretor da entidade.

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