Rumores de que a Caixa será privatizada até o fim do ano circularam na segunda-feira, 9. Publicações por todo país sinalizaram, mais uma vez, a intenção do governo Temer.
A estratégia para a entrega das empresas estatais à iniciativa privada é envolvida por cortina de fumaça e reproduz metodologia praticada especialmente no governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, nos anos de 1995 a 2002.
O jornal paranaense Gazeta do Povo trouxe em 10 de outubro a matéria “Privatização da Caixa: bom demais para ser verdade”. Superficialmente, a publicação trata a privatização da Caixa sob dois aspectos: político e mercadológico. Destaca o uso do banco público “para proteger interesses políticos” e sua “menor eficiência do que a média do setor”.
Mas, a que setor interessa a privatização da Caixa?
Certamente não será benéfico para a população que têm nos serviços da Caixa o acesso à programas de transferência de renda, de habitação, de Fundo de Garantia e tantos outros.
No entanto, a matéria lembra que a Caixa “controla preciosidades”.
Os banqueiros estão salivando nesta carteira robusta. A carteira imobiliária do banco, por exemplo, registrou movimentação de R$ 421,4 bilhões, dos quais R$ 221,9 bilhões com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS. A Caixa, ainda, divulgou lucro líquido, no primeiro semestre deste ano, de R$ 4,1 bilhões.
A Caixa é ou não é um grande filão para os banqueiros famintos?