Da Contraf-CUT

Compromisso assumido de apresentar proposta econômica nesta semana foi desfeito

Na terceira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que aconteceu no último dia 29, os banqueiros assumiram o compromisso de marcar negociação para esta semana e, nela, apresentar a primeira proposta econômica.
Nenhuma reunião foi agendada pela Fenaban.
“A negociação pressupõe a manutenção da palavra entre os interlocutores, o impasse que só dificulta as coisas” – afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vagner Freitas.
“Isso é absurdo, porque os bancários ficaram na expectativa de começo de uma negociação séria, que levaria ao aumento real e à melhora da Participação nos Lucros e Resultados (PLR)” – destacou Vagner.

• Mobilização

A resposta dos trabalhadores tem de ser dada com mobilização. Por isso é importante que todos os sindicatos reforcem as atividades do Dia Nacional de Luta, em 4 de setembro.
“Como banqueiro não dá nada de graça, vamos ter de pressioná-los a aceitar nossa proposta. Neste momento, eles estão radicalizando, negando tudo o que pedimos, inclusive reajuste de salário. É absurdo que o setor que mais lucra neste País negue, também, a melhora da Participação nos Lucros e Resultados. Para nós, a lógica é simples, se eles estão ganhando mais por causa do esforço dos trabalhadores, têm de repassar uma parte maior” – afirmou Vagner.
De acordo com o presidente da Contraf-CUT, nas atividades é importante mostrar também para os clientes o que os bancos vêm fazendo. “O setor financeiro brasileiro é o que cobra o empréstimo mais caro do mundo, tarifas extorsivas e dá em troca filas e insegurança. Só no último ano morreram dez bancários. Esse absurdo tem de acabar, a sociedade brasileira não pode conviver com essa situação” – finalizou Vagner Freitas.

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