A Convenção Coletiva Nacional 2008/2009 foi assinada no último dia 30, na capital paulista, por representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) – que engloba sindicatos de bancários de todo o País – e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). No mesmo dia, ocorreu o ato de assinatura do aditivo coletivo na Caixa Econômica Federal.
Depois de 15 dias de paralisação dos trabalhadores dos bancos privados e de 17 dos da Caixa, os banqueiros apresentaram proposta que prevê aumento real de salário, valorização dos salários mais baixos, mudança na regra básica da PLR e não-desconto dos dias parados.
Na Caixa, os avanços conquistados são relativos ao processo de implantação do Plano de Cargos e Carreiras (PCS) e ao ajuste quanto ao pagamento do auxílio-alimentação aos que se aposentaram até 1995.
O pagamento da primeira parcela de 50% da PLR para os empregados da Caixa estava previsto para 31 de outubro. Para os demais bancos, ocorrerá 10 dias após a assinatura do Acordo Coletivo.
• Caixa diz que descontará dias da greve
Após assinar a Convenção Coletiva com a Fenaban, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região decidiu não assinar o acordo específico com a direção da Caixa. Motivo: durante o ato de assinatura, os representantes do banco avisaram que querem descontar dias parados do salário dos empregados – o dia 24 de outubro, sexta-feira, último dia da greve em São Paulo, e o sábado e domingo subseqüentes.
“A direção da Caixa tem adotado uma postura intransigente e, ao dizer que pretende descontar os três últimos dias dos empregados de São Paulo, demonstra que não está aberta ao diálogo e não respeita o direito de os trabalhadores se manifestarem durante a Campanha Salarial” – comentou o diretor-presidente da APCEF/SP.
A pedido do Sindicato dos Bancários, uma audiência com a direção da Caixa para resolver o assunto havia sido solicitada para 31 de outubro.