Mais um estudo comprova que o setor financeiro no Brasil vai muito bem, e continua ganhando independentemente do cenário econômico. A consultoria Economatica comparou bancos brasileiros com instituições dos Estados Unidos e o resultado mostra que a rentabilidade dos primeiros é mais de duas vezes maior que a dos bancos norte-americanos.

O estudo levou em consideração bancos de capital aberto com ativo total acima de US$ 100 bilhões, o que nos dois países totalizou 18 instituições financeiras, sendo 14 dos EUA e quatro do Brasil (Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil). A mediana do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) dos brasileiros em 2014 foi de 18,23%, já os 14 dos USA fecharam o ano passado com rentabilidade de 7,68%.

Individualmente, o banco que teve o melhor crescimento do ROE foi o Bradesco que apresentou rentabilidade de 19,81% no fechamento de 2014 contra 17,02% de 2013, ou seja, crescimento de 2,78 pontos percentuais. Em segundo lugar outro brasileiro, o Itaú, com crescimento de 2,65 p.p. no mesmo período.

A mesma comparação levando em conta todos os bancos brasileiros e norte-americanos de capital aberto (sem limitação por ativos) mostra que o ROE dos bancos brasileiros no ano de 2014 foi de 9,8% contra 8,47% dos bancos americanos.

Dieese
Analisando os resultados dos cinco maiores bancos no Brasil em 2014 (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa), o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) chegou à conclusão de que não existe cenário ruim para o setor financeiro: “Todos eles tiveram lucros elevados, mesmo reduzindo o ritmo de expansão das operações de crédito”.

E isso ocorreu porque eles continuaram ganhando fácil com a elevação da taxa básica de juros no país: “Um dos fatores responsáveis por esse resultado foi a expressiva elevação das receitas com títulos e valores mobiliários, decorrente das sucessivas elevações da Selic no ano passado”.

Além disso, informa o levantamento, os bancos continuaram cortando postos de trabalho, embora em ritmo menor que nos anos anteriores. Dos cinco, o único que gerou empregos foi a Caixa.

Fonte: Sindicato dos Bancários de SP

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