Crédito: Seeb São Paulo
Uma passeata pelas ruas do centro velho da capital paulista marcou o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2011 em São Paulo. O ato, promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, teve artistas de rua fazendo performances de robôs, manifestantes fantasiados, música, faixas, bandeiras e muita animação no início de uma tarde de sol nesta sexta-feira, dia 12.
As estátuas vivas abriram a passeata fazendo evoluções com movimentos robóticos, uma alusão ao mote do Sindicato neste ano Bancário não é Máquina. Pintados totalmente de cinza, os artistas carregavam equipamentos típicos na corrida rotina dos bancários, como teclados, celulares e telefones. No peito, um coração vermelho.
Atrás deles, banqueiros estilizados, pressionando pelo cumprimento de metas, manifestantes fantasiados de remédios tarja preta e adoecidos mental e fisicamente, terceirizados explorados. A força da percussão de uma banda de maracatu deu o tom da mobilização.
Havia também cartazes e faixas com as reivindicações da categoria. Uma enorme bandeira do Sindicato fechava o bloco que colocou a campanha na rua.
A caminhada saiu da sede, na Rua São Bento, em direção à Praça do Patriarca. Passou pelas ruas da Quitanda, Álvares Penteado, do Tesouro, 15 de Novembro até a João Brícola, de onde voltaram para a sede. O percurso levou quase duas horas.
Durante o trajeto foi distribuído à população o Jornal do Cliente que abordará, durante a campanha, diversas questões que colocam em xeque a responsabilidade dos bancos com a sociedade. "Os trabalhadores são humanos como nós e precisam de seu tempo. Os bancos não podem pressioná-los e nem tratá-los como máquinas. Eles precisam de respeito porque de reclamação já chegam as nossas", contou um cliente do Itaú ao receber o material.
"Vejo-me como estes personagens. Quando entramos os patrões dizem que somos importantes para o crescimento do banco. Mas ao passar do tempo, exigem um bom rendimento e quando adoecemos nos trocam sem piedade. Quando viramos ‘sucata’ somos chutadas pelo banco, assim como máquinas quebradas", desabafou uma bancária do Bradesco afastada por doença mental. As patologias psíquicas, ao lado das LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos), são as principais causas de afastamentos de bancários.
A passeata antecedeu a entrega da pauta de reivindicações para a Fenaban e contou com a participação de dirigentes da Contraf-CUT e de vários sindicatos e federações de bancários.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo