Durante a pandemia de Covid-19, os empregados da Caixa mostraram mais uma vez a importância do trabalho que realizam. Mesmo correndo risco de contaminação, atendem à população, muitas vezes até nos sábados.

Isso porque, apesar do avanço tecnológico, a população brasileira ainda carece de inclusão digital e precisa ir presencialmente às agências da Caixa.

Entretanto, o número de empregados caiu em 2021, é o que mostra o balanço auditado. Houve redução de 58 empregados concursados e 2.420 “colaboradores” nos últimos 12 meses. Justamente quando a população precisa de bom atendimento. O resultado também é de empregados cada vez mais sobrecarregados e adoecendo por conta do acúmulo de trabalho. Quem está no dia a dia da Caixa sabe bem disso.

Ou seja, a situação é o contrário do que Pedro Guimarães fez parecer na divulgação do balanço do segundo trimestre de 2021, ao dizer que foi realizada a contratação de 17,8 mil “colaboradores”. “A forma dúbia com que a atual gestão da Caixa divulga as informações é algo que precisa ser esclarecido para a sociedade, que não pode se enganar”, explicou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. Quando a direção fala em “colaborador”, gera a expectativa de que são empregados Caixa. Mas, na verdade, está falando, em sua maioria, de menores de idade ou terceirizados, que não podem oferecer o mesmo trabalho do empregado Caixa, apenas atuam como auxiliares.

Além disso, o número de contratados nem mesmo repõem aqueles que foram desligados pela atual gestão. Para o empregado e para o cliente, permanece a precarização do serviço.

“Esta comunicação tendenciosa cria falsas expectativas. O serviço público deve esclarecer sempre ao máximo o que está oferecendo à população, sendo objetivo e transparente. A sociedade precisa refletir sobre tais comportamentos, que buscam apenas confundir as pessoas e prejudicar a sociedade como um todo”, finalizou Leonardo Quadros.

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