Dirigentes da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região conversaram com avaliadores de penhor de unidades da capital, na noite de quarta-feira, 6, na regional paulista do Sindicato.

O diálogo reforçou a preocupação dos empregados com a postura intransigente da Caixa que, de forma unilateral, retirou o adicional de insalubridade dos avaliadores.

A Caixa enviou um comunicado por e-mail aos empregados na tarde de terça-feira, 5, notificando-os sobre a retirada do adicional. A justificativa da ação é baseada em laudo técnico, apresentado por empresa contratada pela Caixa, que afirma que as atividades dos avaliadores e os ambientes de trabalho não são insalubres.

“Apesar de a Caixa dizer que não há insalubridade no ambiente e no trabalho realizado pelos empregados, isso não condiz com a prática, por isso os avaliadores continuam expostos a estes perigos”, diz a secretária de Saúde da APCEF/SP, Claudia Tome.

É importante destacar que estes empregados estão expostos diariamente à manipulação de produtos químicos reagentes (ácido clorídrico, ácido nítrico e cloreto de estanho), que os ambientes são insalubres devido à precariedade dos equipamentos de aeração e estruturas físicas das instalações das unidades da Caixa.

Na luta

Há disposição para a construção de unidade nacional para buscar soluções a essa situação. “A unidade e a mobilização de todos os avaliadores para enfrentar a truculência da Caixa será importante neste momento”, ressalta Claudia Tome.

Também será questionada pelos empregados a utilização do espectrômetro de massa, equipamento que emite radiação ionizante, que está sendo experimentado em unidades que não dispunham dos serviços de penhor. Outro absurdo que a Caixa propõe é o projeto avaliadores por minuto, que remunera o empregado pelo tempo que executa trabalhos na função, não incorporando-a efetivamente.

Na mesa de negociação permanente, prevista para terça-feira, 12, o assunto será pauta de debate com os representantes da Caixa. A representação dos empregados deve produzir ‘contra-laudo’ para mostrar tecnicamente à direção da empresa que a insalubridade existe e persiste. Além disso, pretendem acionar a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/SP) para fiscalizar o penhor em unidades do banco e auxiliar na defesa dos direitos dos empregados.

Os avaliadores de penhor de outras unidades do Estado de São Paulo também procuraram a APCEF/SP e estão envolvidos neste debate. A advogada da entidade, Gislândia da Silva, participou da reunião, assim como o assessor da diretoria da Fenae Plínio Pavão que representou a entidade.

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