Milhares de trabalhadores tomaram as ruas na sexta-feira, dia 13, em nome da democracia, da reforma política e em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Só em São Paulo, mais de 100 mil pessoas participaram de uma caminhada que começou na Avenida Paulista e terminou no início da noite, na Praça da República. “Nem a chuva forte desanimou aqueles que lutam por um Brasil melhor”, enfatizou o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.
Dirigentes de entidades sindicais e associativas ligadas à classe bancária empunharam faixas em defesa da Petrobras, da democracia, da reforma política e da Caixa 100% pública. Junto com eles, petroleiros, professores, metalúrgicos, químicos, integrantes de movimentos sociais, estudantes e tantas outras classes de trabalhadores marcharam em defesa de seus direitos.
O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, defendeu a revisão da política econômica em vigor e informou que a Central apresentará uma proposta alternativa que não onere os trabalhadores brasileiros.
Vagner também defendeu fortemente os quatro eixos da manifestação dos movimentos sociais – democracia, direitos, reforma política e Petrobras – e frisou que a luta pela democracia é também uma luta contra a intolerância.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, destacou a importância da manutenção da Petrobras, geradora de mais de 300 mil empregos diretos e indiretos em todo o País. Enfatizou também a necessidade de três medidas urgentes: as reformas política e tributária e a democratização dos meios de comunicação.
A iniciativa das manifestações foi da Central Única dos Trabalhadores (CUT), das demais centrais sindicais e de entidades dos movimentos sociais, como Central de Movimentos Populares (CMP), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e União Nacional de Estudantes (UNE).
Os participantes dos protestos organizados na sexta-feira querem a continuidade do projeto de desenvolvimento com inclusão social, distribuição de renda, defesa do emprego e mais qualidade na oferta de serviços públicos.
Outro foco é a luta contra a expansão do pensamento neoliberal, privatista e elitista no País, que repercute um comportamento predatório e de ódio.