Da Agência Fenae

Na rodada de negociação com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), ocorrida no último dia 10, em Brasília, a direção da Caixa Econômica Federal apresentou uma proposta para a correção na tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS) da carreira profissional, cujos empregados estão em greve desde o dia 28 de abril.
A empresa propõe tabela com salário inicial de R$ 6.199 e final de R$ 8.704, retroativo a 1º de abril deste ano, com aplicação de progressão geométrica decrescente, observada a compensação do reajuste linear de 4% concedido em abril. A partir de janeiro de 2010, os valores iniciais e finais passariam para R$ 6.600 e R$ 9.117, respectivamente, conforme tabela sugerida pelo ministro João Oreste Dalazen, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), respeitando-se o índice da campanha salarial de 2009, com data-base em setembro.
Na questão dos dias parados em função da greve, a Caixa propõe abono de 50% e compensação do restante, com prazo até 31 de dezembro de 2009. Para os casos de afastamento em que o empregado não deu causa, a exemplo de LTS, LAT ou licença-maternidade, a Caixa se compromete a prorrogar o prazo para compensação, até 31 de dezembro deste ano, pelo mesmo período de afastamento. Não haverá abono de compensação para os casos de afastamentos programáveis, como férias, rescisão de contrato de trabalho, LIP e outros. O desconto das horas paradas só ocorrerá se o empregado não compensá-las em face desses afastamentos. 
A empresa também se compromete a abrir o registro do Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) para fins de compensação, sob a alegação de que já existe o controle das horas de greve dos empregados que aderiram ao movimento.
A proposta da Caixa mantém a migração das atuais tabelas para a nova por aproximação salarial, tendo como referência a data em que essa opção ocorrer. A empresa propõe ainda que a migração seja feita durante 60 dias após a assinatura do aditivo ao acordo coletivo.

• Orientações
Diante do quadro de dificuldades do processo de negociações, com respaldo na forte mobilização feita até agora pelos profissionais, a Contraf/CUT – CEE/Caixa orienta pela aceitação da proposta apresentada pela Caixa.

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