Desde a divulgação da implantação de um processo de reestruturação pela diretoria da Caixa, feita em março deste ano, a APCEF/SP – juntamente com as entidades representativas dos empregados de todo o País – tem participado de diversas ações, entre elas, mobilizações, encontros, debates nas unidades, intervenções jurídicas…, com o objetivo de garantir os direitos dos trabalhadores envolvidos nas mudanças impostas pelo banco.

Logo após a divulgação, a Associação participou do Dia Nacional de Luta contra a reestruturação, proposto pela Contraf-CUT e pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), em 7 de abril. Neste dia, foram realizadas reuniões em diversas unidades com debates das principais dúvidas e preocupações dos trabalhadores em relação à reestruturação, com a leitura de um manifesto contra a medida unilateral da direção da empresa e a falta de transparência no processo. 

Durante a reunião do Conselho Deliberativo Nacional da Fenae, realizado em Brasília no mês de abril, os presidentes das 27 APCEFs de todo o País cobraram do vice-presidente de Gestão de Pessoas (Vipes) da Caixa, Édilo Ricardo Valadares, e do superintendente nacional de Desenvolvimento e Estratégias Empresariais do banco, José Durval Fernandes Reis, presentes ao encontro, esclarecimentos sobre a reestruturação. Na ocasião, os representantes da empresa garantiram que haveria coerência na alteração de lotação, porém, admitiram falha na divulgação de informações aos empregados. 

Em maio, diante do descaso da direção da Caixa em relação aos empregados e aos questionamentos feitos pelas entidades representativas dos trabalhadores, diretores da APCEF/SP e da Fenae solicitaram um encontro com representantes da empresa.
No dia 12 daquele mês, a vice-presidente de Tecnologia da Caixa, Clarice Copetti, recebeu os representantes dos empregados, que entregaram um documento pedindo que a empresa garantisse a função e os salários dos trabalhadores envolvidos na reestruturação, além de questionarem o processo como um todo, pela falta de clareza e pela forma obscura com a qual tem sido conduzido. A direção da empresa comprometeu-se a responder ao documento e a encaminhá-lo à CEE-Caixa, o que, até agora, não foi feito. 

Ainda em maio, durante o Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), que aconteceu em São Paulo, definiu-se a realização de diversas ações na luta contra o processo de reestruturação. 

Seguindo as deliberações do Conecef, foi realizado o Dia do Preto, em 11 de junho, em protesto contra a política de gestão da Caixa, que não prevê garantia de direitos aos trabalhadores envolvidos no processo de reestruturação. Juntamente com a edição 907 do jornal APCEF em Movimento, de 7 de junho, a APCEF/SP encaminhou uma fita preta para que os empregados aderissem ao protesto em seus postos de trabalho. 

No dia seguinte, 12 de junho, na capital paulista, empregados das áreas atingidas pelas mudanças impostas pela empresa participaram de um encontro – promovido pela APCEF/SP e pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, com a participação do gerente nacional da Gemog (GN Modelo de Gestão), Sérgio Bueno da Fonseca – para esclarecer dúvidas e, também, propor ações que levem a direção do banco a negociar as medidas que vêm sendo adotadas, sem prejuízo para os trabalhadores.
Na ocasião, pouco foi esclarecido pelo representante da Caixa, que deixou evidente a contradição existente entre o discurso do banco e a realidade vivida pelos empregados atingidos pela reestruturação. 

Na luta contra as mudanças impostas pela Caixa, a APCEF/SP impetrou, em 8 de junho, uma ação coletiva contra a empresa, com o objetivo de garantir os direitos dos trabalhadores atingidos pela reestruturação de pessoal em andamento no banco. A ação, com pedido de liminar, contemplará todos os associados da APCEF/SP filiados até 2 de junho de 2010. 

Em 16 de junho, na capital, aconteceu a reunião do conselho dos delegados sindicais – organizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, com apoio da APCEF/SP -, na qual os participantes reafirmaram o dia 29 de junho como sendo o Dia Nacional de Luta contra a reestruturação, conforme calendário aprovado durante o Conecef. 

A reestruturação estará em pauta, também, na próxima rodada de negociação com a direção do banco, ainda sem data marcada para acontecer. 

“A atuação das entidades representativas dos empregados, a mobilização e a união dos trabalhadores sempre foram determinantes para a conquista e a manutenção de direitos. O posicionamento da direção da Caixa de não dialogar sobre o processo de reestruturação será combatido com muita luta e participação dos empregados, da APCEF/SP e das representações dos trabalhadores de todo o País”, disse o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.

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