Por Eduardo Medrado Nunes – diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e secretário de Direitos dos Bancários da APCEF/SP
Em resposta ao boletim eletrônico divulgado pela Caixa, intitulado NEGOCIAÇÃO COLETIVA, n. 01, de 7 de janeiro, a APCEF/SP vem informar:
É sabido pelos empregados da Caixa que a APCEF/SP, juntamente com as entidades representativas dos trabalhadores de todo o País, reivindica, há tempos, um Plano de Cargos Comissionados (PCC) digno e que valorize o empregado no desempenho de suas funções dentro da empresa.
Foi por meio da luta dos empregados que, em 2008, conquistamos a unificação das tabelas do Plano de Cargos e Salários (PCS), dando um passo importante rumo à conquista da isonomia e corrigindo uma distorção existente na vida funcional de técnicos bancários e escriturários.
Em seu boletim, a Caixa, afirma: “cumpridas as etapas de ELABORAÇÃO e aprovação INTERNA, a ação de implantação do PFG está condicionada à apreciação e aprovação dos órgãos controladores da Caixa, que estão avaliando a matéria”. Fica claro, nesse trecho, que a “caixinha de maldade” foi preparada INTEGRALMENTE pela empresa.
Em nenhum momento, a Caixa se dispôs a ouvir as reivindicações das entidades representativas dos empregados e vem, agora, de maneira oportunista, imputar ao movimento de empregados a co-autoria e responsabilidade pela elaboração e implantação de um PCC que prevê diminuição de jornada, com redução de salários, entre outros absurdos.
Para as entidades que representam os empregados, os parâmetros para um PCC digno, que atende aos anseios da categoria são:
– EXTINÇÃO DO CTVA;
– VALORIZAÇÃO DAS FUNÇÕES;
– JORNADA DE 6 HORAS SEM REDUÇÃO SALARIAL;
– FIM DAS DISCRIMINAÇÕES;
– CRITÉRIOS JUSTOS DE NOMEAÇÃO;
– FIM DAS DESTITUIÇÕES ARBITRÁRIAS.
Vale ressaltar que estas premissas não estão contempladas na proposta elaborada exclusivamente pela empresa.
Para finalizar, a Caixa ainda informa, no último parágrafo de seu boletim, que “… ratifica a continuidade das reuniões da mesa de negociação permanente com previsão para nova rodada da última semana de janeiro de 2010”. A empresa só “esquece” de mencionar que as reuniões anteriores foram improdutivas, pois não houve interesse algum por parte da empresa em negociar a elaboração deste PCC, com o argumento de que “PCC é instrumento de gestão, cabe unicamente à empresa a tarefa de elaborar e implantá-lo, com ou sem o aval das entidades representativas dos trabalhadores´, em uma demonstração de pura truculência e intransigência.
É por essa hipocrisia patrocinada pela Caixa que, no dia 12 de janeiro, acontecerão manifestações por todo o País, exigindo da empresa um PCC digno para todos os empregados.