O diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra, entregou os questionamentos e sugestões dos empregados ao presidente da Caixa, Gilberto Occhi, em reunião realizada nesta quarta-feira, dia 5 de abril, na capital paulista. Também participaram do encontro representantes da Fenae, Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Ao ser questionado sobre o futuro do banco, Occhi minimizou suas últimas declarações afirmando que as cerca de 100 agências consideradas deficitárias não serão fechadas, mas remanejadas ou fundidas com outras unidades. Quanto aos empregados alocados nestas agências não serão demitidos e que os que tiverem o tempo necessário serão incorporados.

No entanto, Occhi voltou a dizer que é necessário reduzir despesas o que inclui cortar gostas administrativos incluindo o pagamento de horas extras. “Mas, vamos pagar todos pelos sábados trabalhados e as duas horas em que as agências abriram mais cedo, estamos tentando compensar o valor da PLR com essas horas extras”, completou.

Quanto as propostas de mudanças no Saúde Caixa, o presidente alegou que é necessário colocar um novo limite no provisionamento pois o banco não tem condições de sustentar o valor atual. Os representantes dos empregados lembraram que todos os temas devem ser discutidos com os trabalhadores da Caixa antes de qualquer decisão. “O diálogo é fundamental, precisamos debater para que as decisões não sejam unilaterais”, apontou Kardec.

O presidente da APCEF/SP ressaltou a grande preocupação dos empregados perante às ameaças de privatização e contestou a inclusão da greve de 2016 como um dos motivos da queda nos resultados na nota distribuída pelo banco. Occhi respondeu apenas que o desmonte da Caixa não está nos planos da direção nem do governo, mas que seria um desejo somente dos bancos privados.

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