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Representantes da APCEF/SP, da Fetec-CUT/SP, da Fenae e do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Osasco participaram, na manhã desta quinta-feira, dia 15, de uma reunião com a vice-presidente de Gestão de Pessoas em exercício, Márcia Guedes, e o gerente nacional de Informações Corporativas e Negociação Coletiva, Almir Márcio Miguel, para discutir uma série de questões relacionados ao cotidiano dos empregados da Caixa em São Paulo.

A discussão, inicialmente, abordou a dispensa de empregados durante o estágio probatório. Muitos empregados da Caixa têm sido desligados durante o período inicial de três meses. Segundo levantamento, em São Paulo ocorreu um número maior de desligamentos do que no restante do País. "Em muitos casos, os novos trabalhadores são encaminhados para as agências e, por causa da falta de empregados, não são orientados adequadamente, pois os trabalhadores estão sobrecarregados. Isso tem afetado o processo de aprendizagem dos novos", declarou o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra. "Eles têm de aprender sem instrução e orientação adequadas, o que descumpre o normativo RH 002", completou.

Ainda sobre as contratações e desligamentos na Caixa, os representantes dos empregados denunciaram a cobrança de metas relacionadas a vendas durante o estágio probatório. "Há ameaças de dispensa no caso de não cumprimento das metas. É absurdo utilizar a venda de produtos como critério para manutenção do emprego", explicou Kardec de Jesus Bezerra. Também discutiu-se o grande número de casos de discriminação de novos trabalhadores em razão da faixa etária.

Outro tema discutido durante a reunião foi a questão dos feirões. Os representantes dos empregados ressaltaram a ilegalidade da realização de trabalho durante o fim de semana. "Os eventos aos sábados e domingos estão tornando-se frequentes e isso fere os direitos dos empregados", indignou-se o diretor-presidente da APCEF/SP. Foi lembrado ainda que, de qualquer forma, é preciso garantir os direitos dos trabalhadores, com a marcação da jornada de trabalho, independente da função, e o pagamento integral das horas extras.

Também foi discutida a cobrança abusiva de metas, que tende a ser agravada pelo novo processo de gestão do desempenho de pessoas. As entidades representativas são contrárias ao estabelecimento de metas individuais. Está claro que este tipo de procecimento leva à prática de assédio moral, incentiva a competição de colegas da mesma unidade em detrimento da colaboração na busca de resultados, o que leva o trabalhador ao adoecimento.

Por fim, foi abordada a questão do dimensionamento das agências, a necessidade do aumento de contratações e os Processos Seletivos Internos (PSIs). Foram denunciados vários casos de processos direcionados e exigida a definição de critérios transparentes nestes processos.

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