No último dia 12, representantes da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizaram uma manifestação em frente ao prédio onde seriam apresentados os números do balanço da Caixa referente a 2009, na capital paulista.
O objetivo era entregar um documento de reivindicações dos empregados diretamente para a presidenta do banco, Maria Fernanda Coelho.
Na ocasião, a presidenta da Caixa recebeu os representantes dos empregados antes mesmo da apresentação dos números positivos do balanço, que apontaram um lucro líquido de R$ 3 bilhões no ano passado.
No documento entregue, foi ressaltada a necessidade de aprofundamento do diálogo com a direção do banco sobre temas de suma importância para os trabalhadores, como condições de trabalho, plano de cargos comissionados, questões referentes à saúde, à isonomia, ao Saúde Caixa, às contratações, à jornada de trabalho, entre outros.
As entidades representativas dos trabalhadores exigem respeito, transparência e planejamento por parte da direção da Caixa.
“Para que a Caixa continue a ser referência dos brasileiros na execução de políticas públicas e consolide sua atuação no mercado financeiro, é preciso não continuar a descuidar de seu principal capital, o humano” – diz um trecho da carta entregue.
“Deixamos claro que continuaremos a lutar pela preservação de nossos direitos e pela conquista de muitos outros. Esperamos que a presidenta da Caixa dê o valor merecido ao seu quadro de empregados, pois são os principais responsáveis pelos resultados positivos conquistados pela empresa” – afirmou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, presente no ato da entrega do documento.

Negociações específicas
As negociações entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e a Caixa Econômica Federal, para debater as questões relacionadas à jornada de trabalho, serão retomadas em 24 de fevereiro, quarta-feira.
O encontro marca, também, o retorno dos debates na mesa permanente de negociações. Na pauta, além da jornada de trabalho, estão os desdobramentos de conquistas da campanha salarial 2009.
No caso da jornada de trabalho, a representação dos empregados reivindica seis horas diárias para todos os bancários, sem redução de salários.
“Os empregados estão empenhados na luta pelos itens que ainda estão pendentes em mesa de negociação com a Caixa. A união e a mobilização dos trabalhadores sempre fizeram a diferença no diálogo com
a empresa. Queremos condições dignas de trabalho, com perspectivas profissionais que contemplem as necessidades do quadro funcional do banco” – completou Sérgio Takemoto.