No início de junho, a APCEF/SP e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região lançaram duas campanhas para melhorar as condições de trabalho dos empregados da Caixa e, também, o atendimento dos clientes.
As ações estarão concentradas na distribuição de uma carta aberta aos clientes intitulada Mais empregados para a Caixa, Mais Caixa para o Brasil e na colocação de cartazes nas unidades com o mote Proteja-se! Faça o controle de ponto paralelo, sobre o Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon).

• Engaje-se nesta luta
Para que as ações sejam um sucesso, é fundamental o engajamento dos empregados. “No caso da carta aberta, aborde o cliente e explique o porquê da manifestação. Mostre o quanto a participação dele, e dos próprios trabalhadores, é importante para a melhora do atendimento” – comentou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto. “Em relação ao Sipon, converse com seus colegas de trabalho e organizem-se dentro da unidade para garantir os seus direitos” – completou.
Leia, abaixo, um pouco mais sobre cada uma das campanhas:

• Mais Empregados para a Caixa, Mais Caixa para o Brasil
Na carta aberta aos clientes (clique aqui para ler), as entidades representativas dos trabalhadores ressaltam a necessidade da contratação de mais empregados para o banco como forma de amenizar a carga de trabalho dos funcionários e, também, de agilizar o atendimento dos clientes e usuários.
“Enquanto você, cliente, sofre com as imensas filas e com a demora no atendimento, nós, trabalhadores, sofremos por causa do acúmulo de tarefas, da longa jornada de trabalho, das doenças do trabalho, da constante pressão…” – diz um trecho da carta aberta.
No documento, é fornecido o número de telefone da Ouvidoria da Caixa, assim como o site do banco, para que os clientes manifestem sua insatisfação.
“Como sabemos, conquistas são precedidas de lutas. A participação dos clientes é muito importante, pois são eles que recebem o atendimento dispendido pelos empregados e os que sofrem diretamente com as longas esperas no banco: tudo consequencia da política da empresa, que insiste em não contratar mais empregados” – ressaltou Sérgio Takemoto.

• Proteja-se! Faça o controle de ponto paralelo
Em uma empresa na qual o número de empregados é insuficiente para atender à demanda de trabalho, não é de se espantar que ocorra extrapolação da jornada.
Na Caixa, não bastasse as horas extras serem constantes – alguns empregados têm trabalhado mais de 10 horas por dia -, o seu registro não vem ocorrendo corretamente.
A Caixa, unilateralmente, desrespeitou acordo firmado em mesa de negociação com a representação dos empregados, tirando o instrumento de controle do Sipon – o relógio que ficava no canto superior direito da tela do computador -, fornecendo meios para que se burle o sistema e não se registre as horas extras efetivamente realizadas.
A campanha visa a alertar os empregados para a marcação correta da sua jornada de trabalho, orientando, inclusive, que se faça um controle de ponto paralelo para assegurar direitos trabalhistas.
“Legalmente, as horas extras podem ser reclamadas em até cinco anos” – lembrou Sérgio Takemoto. “Além disso, a não-marcação correta pode acarretar outros problemas, como, por exemplo, a responsabilização do empregado, pela Caixa, por descumprir regulamentos internos” – ressaltou.
Em caso de dificuldade na marcação da jornada, entre em contato com a APCEF/SP pelos telefones (11) 3017-8315, pelo e-mail sindical@apcefsp.org.br ou, ainda, fale com o Sindicato dos Bancários pelo telefone (11) 3188-5200.

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