Entidades encaminham ofício e aguardam audiência para esclarecer intenção do governo

Em 22 de dezembro, uma declaração da presidenta Dilma Rousseff divulgada na imprensa causou indignação e reação imediata das entidades representativas dos trabalhdores e, especialmente, aos empregados da Caixa.
De acordo com a presidenta, existe a intenção de abrir o capital da Caixa Econômica Federal. Em reação aos rumores causados pela notícia, a APCEF/SP encaminhou à Contraf-CUT e à Fenae manifestação para que o governo fosse questionado quanto à existência de estudos neste sentido.
Em 23 de dezembro, as entidades enviaram ofício cobrando audiência com o governo para o início de janeiro, exigindo esclarecimentos. “Os mais de 100 mil empregados da Caixa Econômica Federal estão apreensivos. Não apenas a categoria, mas toda a sociedade foi surpreendida, sobretudo, porque vossa excelência comprometeu-se, na carta aberta aos trabalhadores dos bancos públicos federais (…), a fortalecer essas instituições”, diz um trecho do ofício DIREG 104/14.

Não à privatização
A APCEF/SP sempre defendeu e defenderá a Caixa enquanto empresa pública com suas funções sociais claras, ou seja, como instrumento determinante de política de Estado.
Defende ainda a Caixa em seu papel fundamental desempenhado na crise de 2008 ao oferecer crédito quando o mercado privado apostou na recessão. Para a Caixa significou maior lucratividade e mais clientes.
A Caixa administra programas sociais que sustentam a política de desenvolvimento do País ao mesmo tempo que combate as desigualdades sociais.
De acordo com o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra, tornar a Caixa uma empresa de mercado abre brecha para a privatização. “Temos muitos exemplos, inclusive, em instituições financeiras. Sabemos das consequências para os trabalhadores e para o país”, concluiu.

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