A Apcef/SP solicitou ao jornal A Tarde que seja publicada retratação referente à charge intitulada “O Auxílio”, publicada na edição do dia 25/11/2020, que ofende mais de 130 mil empregados do banco público, da ativa e aposentados. Outras entidades que representam os bancários, como Fenae e Contraf-CUT, também fizeram a mesma solicitação, mas até agora nada foi feito.
“É um desrespeito ao trabalhador, que tanto se esforçou para atender a população neste período de pandemia”, indignou-se o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo dos Santos Quadros. “Como sempre, é mais fácil atacar o lado mais fraco do que culpar os verdadeiros responsáveis pelos problemas da Caixa, que são o governo e Pedro Guimarães”, reforçou.
É inequívoco que o volume de trabalho na Caixa aumentou consideravelmente nos últimos meses e que tanto o governo como o presidente do banco público não têm investido na contratação de empregados e na solução de problemas com os sistemas.
Mais contratações – Mais de 17 mil bancários já saíram da Caixa desde 2015. Com isso, o quadro de pessoal caiu de 101,5 mil para 84 mil e o número de contas de clientes por empregado subiu de 693 para 1.725.
Atitudes como a do jornal A Tarde servem apenas para desinformar a população. Aliás, toda a grande mídia tem orquestrado ataques sucessivos às empresas públicas com o claro objetivo de desmoralizar os empregados e, como consequência, a própria imagem da Caixa, com vistas à privatização.
“Que tal uma charge indicando que a Caixa precisa de mais trabalhadores? Seria verdadeiro, relevante e cumpriria o papel informativo de um jornal, pois nós, da Caixa, estamos cumprindo nossas tarefas como podemos, nas condições que o atual governo dá!”, disse a diretora da Apcef/SP Vivian Carla de Sá.
:: Subscreva abaixo-assinado por mais contratações na Caixa
Os empregados da Caixa têm se desdobrado para dar conta do atendimento cada vez maior, ao passo que sofrem com a falta de pessoal em virtude da política do governo e do presidente do banco, que tanto se esforça para reduzir a quantidade de empregados.
“Como sempre, é mais fácil fazer chacota com os trabalhadores (que são o lado que mais sofre, já que está sendo diariamente submetido à jornadas de trabalho extenuantes) do que ir à raiz do problema e contestar aqueles que de fato possuem alçada decisória para mudar as condições de trabalho e atendimento”, reafirmou Leonardo Quadros. “A direção Caixa deveria solicitar uma retratação por parte do jornal pelo ataque ofensivo e descabido, já que afeta a imagem da própria empresa. Como não o fez, as entidades estão se mobilizando para que o jornal reavalie sua postura”, completou.
