Na manhã desta quarta-feira, 30 de março, a Apcef/SP e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região estiveram na agência Itaquera, sede da SEV de mesmo nome, realizando atividade contra práticas de assédio, cobrança abusiva de metas e ameaça de descomissionamentos. Foi realizada reunião na agência para explicar pontos que configuram assédio moral e reforçando que, nas situações identificadas, sejam buscadas as entidades representativas, sindicato e Apcef/SP, para que as atitudes devidas possam ser tomadas.

Também houve conversa com a população para defender o papel público e social da empresa, que está em risco devido à postura da atual direção e que se evidencia nas práticas de assédio contra empregados que exercem um bom trabalho de atendimento e eventualmente não alcançam os atuais objetivos pautados, sobretudo em venda de produtos.

Quanto à situação específica da região, as primeiras denúncias chegaram há cerca de três meses. Porém, apuração dos representantes dos empregados nas entidades evidenciou problemas ainda mais sérios com relação à postura da gestão do que havia nos relatos iniciais. O contato com ocupantes de diversas funções, em diversas agências, demonstrou inclusive ingerência na gestão que deveria ser apenas dos gerentes gerais, sendo característica do assédio moral relatado e também do clima de assédio que se instalou neste processo.

Em reunião com a SR Leste, há mais de 40 dias, foi indicada que a SEV seria orientada e aplicada pesquisa de clima organizacional, institucional da Caixa. Porém, as entidades ainda não receberam resultado desta pesquisa, considerada urgente.

Ainda dentro do processo de apuração da própria Caixa, há relatos de perseguição da empresa quanto a denúncias realizadas fora do âmbito das representações sindicais, mas que, ainda sim, retratam parte do que foi apurado pelas entidades. A Apcef/SP disponibilizou atendimento jurídico aos envolvidos. Com base nos normativos da empresa, reforça que não tolera a utilização deste expediente para encobrir o assédio praticado, nem tampouco qualquer desdobramento desproporcional das situações que envolvem as denúncias a título de perseguição.

Em conversa na SEV nesta data, foi colocado o teor das denúncias que persistem e a preocupação com a situação de todos os envolvidos. As entidades ressaltaram que não é tolerável qualquer represália da Caixa, e que absolutamente todos os desdobramentos estão sendo acompanhados.

“Precisamos repudiar a atitude da administração da Caixa, que adoece seus empregados com metas abusivas e cobranças. Principalmente neste caso, estamos de olho na preocupação da Caixa com a situação, afinal, ela deve ser com o teor de uma denúncia muito mais que o meio utilizado”, disse a diretora da Apcef/SP e do Sindicato dos Bancários, Vivian Carla de Sá. “Também é importante que os empregados saibam que qualquer denúncia feita às entidades é tratada com sigilo e que o nome dos denunciantes jamais é exposto, bem como situações que possam identificar os envolvidos. Precisamos incentivar que todos denunciem práticas abusivas, para que possamos lutar por um ambiente de trabalho saudável”.

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