A direção da Caixa Econômica Federal encaminhou, na semana passada, uma correspondência aos gestores (CE Depes/Surbe 024/2017), na qual anuncia oficialmente o propósito de, por meio do Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE), reduzir o quadro de pessoal e extinguir funções gratificadas.

O recado é claro: não haverá reposição das vagas deixadas pelos empregados que aderirem ao PDVE e saírem do banco.
"Os empregados da Caixa estão sufocados, extrapolam a jornada diariamente e estão com problemas de saúde por conta do assédio", explicou o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra. "Com a saída de mais trabalhadores, a situação vai ficar insustentável", alertou.

A meta da direção da Caixa era desligar 10 mil trabalhadores. Segundo a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), foram 4.645 adesões ao plano de demissão, nem metade do que havia sido planejado.

"A direção da Caixa é incoe- rente. Autoriza abrir agências mais cedo e aos sábados para dar conta do atendimento de quem tem direito de sacar o dinheiro das contas inativas do FGTS e, ao mesmo, faz um plano para incentivar a saída de trabalhadores", lembrou o diretor-presidente da Associação. "O mais óbvio seria repor essas vagas para manter, pelo menos, o mesmo padrão de atendimento", finalizou.

 

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