• Porém, representantes dos empregados rechaçam, em carta aberta, postura revanchista e punitiva da Caixa na compensação de horas •

A representação dos empregados conquistou mais uma vitória na Campanha Salarial 2008. Desta vez, conseguiu o compromisso da Caixa de não descontar os dias parados da greve. “O acordo é um avanço em relação ao ano passado. Em 2007, empregados das bases de Belo Horizonte, Salvador e Sergipe tiveram dias da paralisação descontados por conta de intransigência do banco nas negociações” – lembrou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.

• Carta aberta sobre o plano de compensação
Mesmo sendo considerado um avanço, o acordo ainda apresenta pontos controversos, como a imposição de compensação dos dias parados – inclusive aos sábados.
Sobre esse assunto, a APCEF/SP e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região encaminharam uma carta aberta à direção da Caixa, em 14 de novembro.
No documento, os representantes dos empregados ressaltaram que, embora a Caixa tenha assinado acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), o qual prevê a compensação efetiva dos dias de greve, sem margem ao desconto de horas remanescentes, a empresa “decidiu adotar uma postura revanchista e utilizar a compensação como arma de punição aos que aderiram à greve”, exigindo o trabalho aos sábados.
A carta aberta relaciona alguns motivos que demonstram o descabimento da postura adotada pela direção da Caixa de exigir a compensação também aos sábados, entre eles:
– a improdutividade, já que a unidade não será aberta ao público em caso de trabalho aos sábados;
– o aumento no centro de custos da empresa, uma vez que a abertura das agências demanda vigilância, limpeza, pagamento de vale-transporte, auxílio-alimentação, etc;
– a caracterização de assédio moral, já que os empregados não terão condições de exercer as funções para as quais estão designados e serão obrigados a permanecer na unidade sem condições práticas de trabalho.

Leia íntegra da carta aberta – CLIQUE AQUI

• Abaixo-assinado
Com o objetivo de pressionar a direção do banco a rever o plano de compensação, a Associação disponibilizou, no link abaixo, um modelo de abaixo-assinado a ser subscrito pelos empregados até 21 de novembro, sexta-feira.

Modelo de abaixo-assinado

“A exemplo do que aconteceu na Campanha Salarial deste ano, a união fará a diferença na questão da compensação das horas. Participe e manifeste sua vontade” – conclamou o diretor-presidente da Associação.

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