A greve dos bancários chega ao 28º dia nesta segunda-feira, 3 e a culpa é dos bancos que, mesmo com lucros bilionários – quase R$ 30 bi no primeiro semestre–, emperram a negociação com proposta de reajuste para salários, pisos, vales e auxílios que não cobre nem a inflação. Também não melhoraram a PLR, nem apresentaram nada para reivindicações de garantia de emprego, de igualdade de oportunidades, de combate ao assédio moral e às metas abusivas que tanto adoecem os trabalhadores do setor financeiro.

Na última negociação, na quarta-feira 28, a federação dos bancos (Fenaban) manteve os 7% de reajuste para este ano, mais abono de R$ 3.500, e 0,5% de aumento real para 2017. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta na mesa.

Vale lembrar que desde 2004 os bancários fazem greve para defender seus direitos e arrancar reajuste digno para seus salários, para a PLR, piso, vales e auxílios. Mas, este ano, a Fenaban assumiu uma postura diferente, talvez respaldada pelo momento político que o país atravessa.

Em 2003, a campanha nacional dos bancários passou a ser unificada entre bancos públicos e privados e, a partir de então, a categoria acumulou ganhos, tanto salariais quanto nos direitos garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Isso se deu num cenário no qual a representação sindical passou a ser ouvida. Foram greves duras que arrancaram conquistas, mas sob um quadro político de absoluto respeito aos direitos trabalhistas.

Este ano, tudo mudou. O governo federal foi tomado por partidos que abertamente atentam contra esses direitos trabalhando em prol da terceirização dos serviços, de reformas previdenciária e trabalhista que só interessam ao setor patronal. E interessam muito aos bancos. 

O Comando Nacional dos Bancários cobra dos bancos a responsabilidade que a categoria e a população brasileira merecem. Enquanto isso, a paralisação continua.

Assembleia – diante da proposta apresentada pela Fenabam e rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários na quarta-feira, 28, de validar negociação por dois anos: com manutenção do reajuste de 7% para 2016 e abono de R$ 3.500, e para 2017 o aumento de 0,5% acima da inflação, os sindicatos marcam assembleias para ouvir os bancários.

>>> Na base do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região a assembleia acontece na segunda-feira, 3, às 17 horas, na quadra, à rua Tabatinguera, 192, Sé.

Bancário: procure o Sindicato da sua base para verificar data, horário e local da assembleia. Participe!

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