rodada de negociação

 

A segunda rodada de negociação específica, realizada em 19 de agosto, em Brasília, com representantes dos empregados e a direção da Caixa, foi marcada por pouquíssimos avanços. Os negociadores da Caixa se mostraram inflexíveis e afirmaram "desconhecer" muitos dos problemas enfrentados pelos empregados, como por exemplo, a abertura de novas agências sem infraestrutura e número insuficiente de empregados para atender a demanda da empresa.

Algumas pendências da última reunião ocorrida em 9 de agosto voltaram a ser discutidas como, por exemplo, a volta do relógio no Sipon (Sistema de Ponto) e o travamento do mesmo ao fim da jornada para evitar trabalho gratuito. A Caixa informou que o relógio foi retirado devido a troca do sistema, mas que será reinstalado. Se o empregado bater o ponto e continuar trabalhando será configurada fraude.

Outro ponto bastante delicado e sem avanços é referente aos aposentados. Os representantes da Caixa rejeitaram as demandas sobre a Prevhab, a recomposição do poder de compra dos benefícios dos aposentados e pensionistas e o pagamento da cesta-alimentação, dos abonos e PLR com custo arcado pela Caixa. Todos negados.

Foi reivindicada a criação de um programa de renegociação de dívidas pela Caixa que permita a junção de valores devidos tanto à Caixa quanto à Funcef em até 120 meses com taxa de juros viáveis . Nesse questio, a Caixa afirmou estar em andamento um estudo de educação financeira para avaliar caso a caso. Os trabalhadores cobraram o fim do voto de Minerva nas instâncias decisórias do fundo de pensão Funcef. Os negociadores do banco voltaram a dizer que seguem a lei e não atenderão a reivindicação.

O debate a respeito do tema da Funcef, que constava também na pauta, ficou para a próxima reunião, com pré-agendamento para o dia 29 de agosto.

Confira outros pontos importantes da negociação:

Segurança bancária

O Comando cobrou a retomada do projeto "Agência Segura", o aumento do valor de indenização por assalto/sinistro para o equivalente a 100 salários mínimos calculados pelo Dieese, a abertura de agências somente com aprovação do plano de segurança da Polícia Federal.
A Caixa informou que 95% das agências estão em conformidade de segurança. O Comando cobrou ainda que sejam obrigatórias a aapresentação de relatórios sobre ocorrências de assaltos, furtos e outros delitos registrados nas agências.

Conselho de Administração

Com o fim das restrições para a candidatura dos empregados, os dirigentes sindicais reivindicaram novas datas para as eleições. O banco afirmou estudar a questão.

Mobilização

Os líderes sindicais orientam os empregados a participar da mobilização do dia 22 de agosto, o Dia Nacional de Luta como forma de pressionar a Caixa a ser mais flexível nas negociações. De acordo com o coordenador da CEE-Caixa e vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, os avanços na negociação com o banco só virão com a participação dos empregados em reuniões nos sindicatos e locais de trabalho e com a mobilização.

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