“Lutamos muito para sermos bancários, para escrevermos a nossa própria história e enfrentamos uma série de ataques à Caixa durante o governo FHC”. Com esta afirmação, em defesa da Caixa 100% pública, a deputada federal Erika Kokay, empregada do banco há 33 anos, iniciou sua participação durante a reunião de delegados sindicais da base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na terça-feira, 27, na capital paulista.
Na composição da mesa estiveram a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) Fabiana Matheus, o diretor da APCEF/SP Leonardo Quadros, o diretor do sindicato, Dionísio Reis e a representante dos empregados no Conselho de Administração Maria Rita Serrano.
“O povo brasileiro deve lutar por um banco voltado aos seus interesses, acessível e que continue executando as políticas públicas”, destacou Fabiana Matheus. Já Rita Serrano lembrou que a Caixa é protagonista nos programas de desenvolvimento do País. “Passa pela Caixa cerca de R$ 1,7 trilhão, o que corresponde a 35% do PIB nacional”.
A deputada Erika Kokay lembrou que 78% dos investimentos feitos frente à mais recente crise econômica que o Brasil atravessou vieram dos bancos públicos, dentro de uma política de desenvolvimento do País. “Quando é feita a discussão do Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, não é apenas a discussão de política habitacional para população de baixa renda, mas é o cerne da Caixa”.
A Caixa cumpriu um importante papel, quando por estratégia de governo, foi precursora no processo de “bancarização”, com a abertura de novas agências e o acesso à população de baixa renda. “Este tipo de estratégia irá colidir com os interesses daqueles que se apropriarão de parte da Caixa, no caso da abertura de capital”, disse Erika Kokay.
Em defesa da Caixa 100% pública, a parlamentar foi categórica: “Não podemos permitir que, em nome de um ajuste fiscal, seja entregue de bandeja essa empresa que nós, empregados da Caixa, construímos!”.
Propostas – Duas principais agendas foram colocadas pela parlamentar durante a reunião, além de levar o debate para o Congresso Nacional: realizar um Seminário em 24 e 25 de fevereiro e uma audiência pública em março.

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