Ontem, dia 7, os bancários paralisaram as atividades em 8.280 agências nos 26 Estados e no Distrito Federal, de acordo com dados enviados pelos sindicatos para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Esse número representa um aumento de 557 unidades em relação ao dia anterior e ultrapassa em 114% as 3.864 agências paralisadas no início da mobilização, em 29 de setembro. Também foram fechados centros administrativos de todos os bancos.

• Fenaban responde ao ofício do Comando Nacional
A Contraf-CUT recebeu, na quinta-feira, dia 7, carta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em resposta ao documento enviado na segunda-feira, 4 de outubro, no qual o Comando Nacional dos Bancários repudiava a postura antissindical adotada pelos banqueiros – como o sinterditos proibitórios – e, também, reafirmava a disposição em negociar.
No documento, a Fenaban não apresentou nova proposta e tampouco marcou rodada de negociação.
“Além de não trazer nenhuma proposta, a carta da Fenaban é uma provocação às entidades sindicais. Os representantes dos banqueiros têm dado declarações à imprensa tentando jogar a população contra os bancários. Essa irresponsabilidade só fortalecerá a greve nacional que completa 10 dias hoje e segue crescendo em todo o País”, denunciou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro.

• Novo documento
Diante da intransigência dos banqueiros, a Contraf-CUT encaminhou novo ofício à Fenaban, propondo que se marque uma data, um local e um horário para que os bancos possam apresentar uma proposta global e decente para acabar com a greve, que já dura 10 dias.
Só os bancos não negociam
Outros segmentos econômicos, como metalúrgicos, petroleiros e telefônicos, negociaram e fizeram acordos com aumento acima da inflação sem que houvesse greve.
“Por que os bancos, que são mais lucrativos, não negociam?”, questionou Carlos Cordeiro. “A mobilização é a nossa resposta ao silêncio dos banqueiros. A cada dia que passa, mais e mais bancários aderem ao movimento grevista. Vamos continuar lutando pelas nossas reivindicações”, concluiu.

• Caixa: todas as unidades da SR Pinheiros estão fechadas
A paralisação segue firme nas unidades da Caixa vinculadas às SRs da capital, assim como no interior, que mantém a média de 90% de agências que aderiram à greve.
“Esperamos que os banqueiros e a direção da Caixa retomem o diálogo o quanto antes. Queremos negociar, porém, a proposta dos patrões têm de ser decente, uma vez que o lucro obtido pelos bancos no último período só foi alcançado por meio do árduo trabalho de todos os bancários”, afirmou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.

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