O próximo fim de semana marca o início oficial da Campanha Salarial 2007, com a realização da 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, a ser organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na capital.
O evento acontece de 27 a 31 de julho, sexta a terça-feira, e terá início com os encontros temáticos de saúde, remuneração e ramo financeiro. Logo depois da Conferência Nacional, a Contraf-CUT realiza o 23º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), assim como os congressos dos funcionários do Banco do Brasil e de outros bancos – públicos e privados.
O objetivo desses encontros, a serem realizados em 30 e 31 de julho, é discutir as questões relativas a cada banco. O debate sobre isonomia de direitos, benefícios e vantagens entre os novos e os antigos trabalhadores dos bancos públicos federais será feito durante o ato de abertura dos congressos específicos.
A pauta de reivindicações da campanha salarial deste ano deve ser entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em agosto.

• 23º Conecef

A pauta para o Congresso Nacional dos Empregados da Caixa prevê a discussão dos seguintes temas: contratação de pessoal, jornada de trabalho, Plano de Cargos e Salários (PCS) e Plano de Cargos Comissionados (PCC), saúde, condições de trabalho, segurança bancária, Funcef/Prevhab, aposentados, isonomia entre novos e antigos empregados e organização do movimento.

• Consulta

A APCEF/SP publicou, na edição 775, de 25 de junho, do jornal APCEF em Movimento, uma consulta sobre os itens de maior interesse dos empregados a serem discutidos na Campanha Nacional dos Bancários.
Os quatro itens mais citados nas consultas que retornaram à Associação, foram, pela ordem: aumento real, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), isonomia e PCS/PCC.
Destacamos, nesta edição, o PCS/PCC. Para acompanhar detalhes sobre os demais itens de discussão, acesse a página da APCEF/SP na internet: www. apcefsp.org.br.

• PCS/PCC

Nos últimos anos, as sucessivas gestões que passaram pela Caixa desmantelaram toda uma estrutura interna de cargos e salários da empresa. São muitas as distorções no atual PCS e no PCC. Tanto que o acesso a cargos na empresa dá-se de forma bastante precária, quase sempre por comissionamento que pode ser concedido em um dia e retirado no outro.
Boa parte das distorções no atual PCS/PCC foi acentuada, sobremaneira, pela criação do piso de mercado e do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA), o que permitiu a eliminação das promoções por merecimento e antigüidade, exigências legais para aprovação e registro de um plano de cargos e salários. A criação de mecanismos regionais trouxe ainda oscilações nos vencimentos para funções semelhantes.
Na luta para corrigir essas distorções, o 23º Conecef encara a discussão sobre o PCS/PCC como um dos temas prioritários da campanha salarial deste ano.
Um dos principais pontos reivindicados é a correção das distorções salariais. Nessa perspectiva, o movimento nacional dos empregados reivindica que um novo Plano de Cargos e Salários corrija falhas do plano anterior, de modo que a ascensão profissional na Caixa não fique restrita apenas aos detentores de cargos comissionados e que seja um caminho para recuperar o poder de compras dos salários.
Além de reivindicar o fim das discriminações impostas aos técnicos bancários, o movimento nacional dos empregados luta por uma rápida solução para os problemas enfrentados por tesoureiros e supervisores, passando pela melhoria da remuneração e das condições de trabalho e pelo redimensionamento da estrutura de retaguarda, de modo a compatibilizá-la com a demanda de serviços.
O segmento dos avaliadores do penhor é outro que deve ser igualmente contemplado com uma revisão salarial e com efetivas melhorias em suas condições de trabalho.

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