Foi no dia 28 de agosto, em 1951, que os bancários decidiram cruzar os braços para reivindicar um reajuste salarial de 40%. Os bancos queriam dar apenas 20%.
Os índices oficiais do governo, na época, apontavam um aumento de 15,4% no custo de vida. Os bancários refizeram os cálculos e o próprio governo teve que rever seus índices, que saltou para impressionantes 30,7%. Depois de 69 dias de paralisação, os bancários conquistaram 31% de reajuste. Foi a maior greve da história da categoria. O dia 28 de agosto passou, então, a ser considerado como o Dia do Bancário.
Além do reajuste, a greve de 1951 também fez surgir sindicatos de bancários em vários pontos do país. De lá para cá, muitas outras conquistas foram obtidas graças à organização dos trabalhadores. Inclusive, os bancários são a única categoria do país com uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional.
Outro mérito da greve de 1951 foi a contestação dos dados oficiais do governo. A partir desta contestação surgiram as bases para a criação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que surgiu com o objetivo de municiar os trabalhadores com dados estatísticos confiáveis.
Campanha Nacional dos Bancários de 2020 – Neste momento de intransigência dos bancos, a união da categoria é um importante instrumento para que se consigam avanços. Siga os canais oficiais das entidades que representam os bancários e faça parte da luta!