Da Agência Fenae
Formuladores de políticas públicas, usuários de água, representantes da sociedade civil e de agências da Organização das Nações Unidas (ONU) aproveitam o dia 22 de março e fazem uma reflexão sobre a gestão das águas no Brasil e no mundo. É a comemoração do Dia Mundial da Água, instituído em 1992 com o objetivo de discutir a respeito dos recursos hídricos do planeta e despertar, assim, a consciência ecológica da população e dos governos para a questão da água.
A data do Dia Mundial da Água foi oficializada em Dublin, na Irlanda, durante uma conferência internacional organizada pela ONU, que na ocasião divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água.
Vista como um direito humano fundamental, a água está cada vez mais escassa. A sua falta, de acordo com a ONU, já atinge 20% da população do planeta. Apenas 1/3 da água no mundo é potável. De cada 100 gotas de água existente no mundo, 97 estão nos oceanos e três estão sob a forma de nuvens, gelos, neves e na superfície da Terra ou no subsolo. O Brasil detém 11,6% do potencial de água potável no mundo, em que pese a distribuição desigual no território: 70% se concentram na Amazônia e o Nordeste fica com 3%.
Para levar adiante o desafio do uso racional dos recursos naturais, o Ministério do Meio Ambiente lançou o Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) no início do ano passado. O programa governamental define metas para o destino da água no Brasil até 2020 e baseia-se na divisão hidrográfica brasileira para a elaboração de diagnósticos e definição de programas de investimento, com ênfase na área de educação ambiental.
O PNRH do governo Lula aponta ainda a necessidade de uso sustentável da água em diversos setores, a exemplo da indústria, agricultura, setor elétrico, saneamento e cidadão brasileiro. O programa prevê a redução das disparidades regionais e visa a potencializar as oportunidades de desenvolvimento no País.