O primeiro dia de reunião do Conselho Deliberativo Nacional da Fenae foi encerrado com análise de conjuntura, que teve a participação da deputada federal Erika Kokay (PT-DF). Na oportunidade, os representantes do movimento associativo da Caixa agradeceram a parlamentar o apoio a luta contra a Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que ameaçava a sustentabilidade dos planos de saúde autogestão estatais como o Saúde Caixa. 

Erika Kokay é autora do Projeto de Decreto Legislativo nº 956/2018, de sua autoria– posterior Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 342/2021 –, que foi aprovado na Câmara e sustou os efeitos da CGPAR 23. 

“A Erika, que foi empregada da Caixa, sempre esteve presente em todas as lutas contra a privatização do banco e aos ataques aos direitos dos seus trabalhadores”, ressaltou Sergio Takemoto, presidente da Fenae. 

“Vivemos o momento mais trágico da história brasileira” 

Erika Kokay iniciou a análise do cenário político e econômico do país condenando a atuação do governo Bolsonaro. “Além de crise sanitária, o país passa por uma crise ética, econômica e institucional”, disse a parlamentar. 

Segundo a deputada, o Brasil sofre com a falta de políticas que promovam o desenvolvimento econômico e social. “Temos um país sobre domínio da acumulação do capital e à mercê do rentismo. Essa política econômica dificilmente vai gerar empregos. O rentismo está apartado do mundo do trabalho, não tem preocupação com infraestrutura e com aumento da competitividade do país”, acrescentou. 

Erika Kokay condenou as tentativas de privatizar empresas públicas. “ Nós vamos continuar resistindo, embora tenha passado a autorização para vender a Eletrobras a autorização na Câmara e no Senado, estamos trabalhando para evitar que isso ocorra, assim como os Correios”, justificou. 

Ela ainda criticou a sanha do governo de entregar o patrimônio público à iniciativa privada.” O que está sendo feito com a Petrobrás é um  verdadeiro crime, estão entregando suas refinarias, e o mesmo querem fazer com a Caixa, criar subsidiárias e vender”. 

Com relação a possibilidade de uso político do banco para favorecer a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, a parlamentar disse que tem cobrado informações sobre as viagens que o presidente do banco, Pedro Guimarães, tem feito pelo país e seus resultados.  

 

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