Entidades representativas dos empregados da Caixa divulgaram uma carta aberta à direção do banco nesta quarta-feira (2) condenando a realocação de trabalhadores lotados em gerências Executivas de Governo (Gigov), gerências Executivas de Habitação (Gihab), Representação Jurídica (Rejur), entre outras unidades, realizadas nos últimos dias.
O documento é assinado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa Econômica Federal (ANEAC), Federação Nacional das Associações de Gestores da Caixa (FENAG) e a Associação Nacional dos Empregados da Caixa no Trabalho Social (SOCIALCAIXA).
“Ainda que a saída de empregados da Caixa, em face de aposentadorias, seja por iniciativa própria ou através de PDV’s, bem como, a adoção de novas formas de trabalho, tais como o home office, tenham tornado o espaço físico de algumas unidades maior que o de outrora, entendemos que a readequação destas unidades deveria seguir um planejamento prévio e a devida transparência, ainda mais em um período em que a saúde pública recomenda o isolamento social”, destacam as entidades.
Na carta, os representantes dos trabalhadores condenam a forma como vem sendo feita a realocação, prejudicando não somente as condições físicas, mas também emocionais dos empregados, que já têm sido afetados pela pandemia e pela sobrecarga de trabalho.
“Manter as condições mínimas para realização dos trabalhos é dever e responsabilidade da empresa. No entanto, a forma escolhida vem disseminando somente insegurança. Além disso, outras variáveis deveriam ser levadas em conta. Por exemplo, há casos em que a Caixa, devido à quebra do contrato de locação, terá que arcar com multas e outras indenizações previstas contratualmente”, pontuam.
Confira a íntegra do Carta Aberta à Direção da Caixa!
“Mais uma vez o que estamos vendo é o desrespeito da direção da Caixa com os empregados. Até o momento não tivemos nenhuma informação oficial do que está acontecendo. E o que estamos vendo é uma medida da Caixa que está gerando pânico e insegurança entre os trabalhadores”, avalia o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
Negociação
A reestruturação é uma das pautas da primeira mesa de negociação permanente com a Caixa, após o encerramento da Campanha Salarial 2020, que acontece na quinta-feira (3), a partir das 14h30. Segundo Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), a reestruturação deveria ser comunicada e negociada com trabalhadores. “Nós temos um Acordo Coletivo que prevê a negociação com os trabalhadores antes de mudanças como essas. E não fomos informados sobre isso. Essa reestruturação está sendo feita sem planejamento e debates”, afirmou.