O dia 28 de junho marca o segundo aniversário das graves denúncias de assédio moral e sexual contra o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Até o momento, os casos ainda não foram concluídos pela Justiça. Em memória dessa data e como um apelo por ações preventivas, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) entregou uma carta-compromisso à instituição, demandando medidas concretas para combater o assédio na empresa. 

Esta é uma preocupação do presidente da Fenae, Sergio Takemoto, que assina a carta-compromisso. “Foi um dia que marcou negativamente a história da Caixa e abalou significativamente os empregados. Esperamos que a Caixa se empenhe, efetivamente, em coibir qualquer ato de assédio no banco e punir os assediadores conforme as leis e políticas da empresa” destacou.

A entrega da carta foi realizada pela diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber, pela conselheira de Administração da Caixa eleita pelos empregados, Fabiana Uehara, e por Vanessa Sobreira, dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília. O documento foi recebido pela vice-presidente de Riscos, Henriete Bernabé, e pela Superintendente Nacional, Cláudia Rocha. A composição feminina da mesa tornou o encontro mais potente.

Rachel Weber destacou a importância da data para que o assédio nunca mais aconteça na Caixa. “Este ato simbólico e concreto de hoje reflete a força e a determinação das mulheres que denunciaram os casos. É fundamental que a Caixa se mantenha comprometida em transformar a cultura corporativa e assegurar um ambiente de trabalho saudável para todas e todos”, afirmou Weber. Ela enfatizou o aprimoramento das medidas e mecanismos de controle para combater os assédios.

 

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Fabiana Uehara enfatizou a necessidade de um compromisso firme da Caixa para erradicar o assédio. “Como representante dos empregados, não poderia deixar que esse dia tão triste na história da Caixa fosse esquecido. Precisamos lembrar e buscar, diariamente, o fim de todo e qualquer tipo de assédio na nossa empresa, em todos os níveis hierárquicos”, destacou Uehara.

Ela também expressou preocupação com os dispositivos e programas internos do banco que podem ser usados como ferramentas de assédio, e com o receio das vítimas de denunciar devido ao medo de represálias ou falta de confiança nos canais de denúncia.

Vanessa Sobreira destacou também a necessidade de letramento nas instâncias da Caixa para combater outras situações de violência, como racismo e lgbtfobia.

As representantes da Caixa presentes no encontro demonstraram sensibilidade à causa e disposição para colaborar. Elas se comprometeram a avaliar os compromissos propostos pela Fenae, com o objetivo de transformar a Caixa em um exemplo de respeito e integridade no combate ao assédio moral e sexual e tornar o banco um ambiente de trabalho seguro e livre de qualquer forma de abuso.

 “Essa união de esforços para combater o assédio e qualquer tipo de violência terá sempre meu respaldo. Queremos ser uma empresa protagonista e referência para todo o mercado”, afirmou a vice-presidente de Riscos, Henriete Bernabé.

Acesse a carta-compromisso da Fenae entregue ao banco

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