O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, declarou que o banco reconheceu o plano de saúde dos trabalhadores. A declaração sem sentido causou estranheza e grande desconforto aos empregados e às entidades representativas dos trabalhadores da Caixa.

Não cabe à Caixa fazer o reconhecimento do plano. O Saúde Caixa no atual modelo existe desde julho de 2004, e não poderia existir caso não fosse reconhecido, isto sim, pela Agência Nacional de Saúde (ANS), órgão oficial, cuja competência é fazer toda a regulação e fiscalização da Saúde Suplementar, de acordo com a Lei 9.961/2000. O pronunciamento aconteceu durante o lançamento de numa nova modalidade de crédito, no Palácio do Planalto, no dia 20/08.

Antes do atual modelo ser implantado, a assistência à saúde dos empregados já contava com a participação do banco, passando por diferentes modelos, desde os anos 1960. O Saúde Caixa possui uma rede de atendimento com mais de 24 mil credenciados, entre profissionais, clínicas, laboratórios e hospitais e, por ser um plano na modalidade autogestão por RH, a empresa é considerada pela agência responsável como sua operadora.

Os empregados jamais reivindicaram que a Caixa “reconhecesse” o Saúde Caixa. O que os empregados historicamente reivindicam é que a Caixa adote uma postura transparente ao fazer a gestão do plano. O que infelizmente jamais ocorreu.

Os problemas mais frequentes dizem respeito às informações financeiras, que normalmente apresentam inconsistências; o não fornecimento de relatórios gerenciais de incidência de utilização de serviços e dados epidemiológicos, por exemplo; e a falta de informação relativa as premissas fornecidas pela Caixa para a elaboração dos relatórios atuariais.

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