A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou ofício, na segunda-feira (22), à Caixa Econômica Federal reivindicando a reabertura das negociações. O pedido, que já foi feito em outros documentos, foi motivado desta vez pela convocação para o trabalho presencial de empregados de diversas áreas-meio, sem negociação com as entidades que representam os trabalhadores.

A medida contraria o comunicado feito pelo próprio banco no dia 12 de junho, quando foi ratificada a manutenção do Projeto Remoto e das medidas protetivas aos empregados em função dos riscos causados pela pandemia do novo coronavírus, até 30 de junho. Vai contra também o “Protocolo de Intenções” assinado pela Contraf-CUT, pelo Ministério Público do Trabalho, pelo Ministério Público Federal e pela Caixa Econômica Federal para a adoção de práticas na prevenção de contaminação da Covid-19 no acesso aos serviços bancários.

Para a coordenadora do Grupo de Trabalho, membro do Conselho de Usuários, secretária e representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco, Fabiana Uehara Proscholdt, a Caixa demonstra todo o seu desrespeito aos empregados e aos processos negociais com as representações sindicais. “Os empregados aguardam por coerência da direção da Caixa. O mínimo que se espera da direção do banco que tanto faz propaganda do auxílio emergencial, enaltecendo os empregados, que realmente se preocupe e os valorize. Essa valorização passa por resguardar a saúde física e mental dos trabalhadores. Chamar os empregados para trabalharem presencialmente nas unidades administrativas sem necessidade, já que estão produzindo até muito mais no home office, e colocando-os em risco de contaminação é, no mínimo, criminoso. Exigimos respeito!”

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) apoia a reivindicação da Contraf-CUT. O presidente da Federação, Sérgio Takemoto, destacou a importância das negociações das entidades representativas com a Caixa para a garantia dos direitos dos trabalhadores. “A Caixa precisa ouvir as entidades. Vamos ter muito trabalho, mas acreditamos que com união de toda a categoria vamos superar esse momento difícil. Temos que ter consciência que estamos enfrentando um governo totalmente adverso a categoria bancária e aos trabalhadores”, avaliou Takemoto.

Com informações da Contraf-CUT

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