Em reunião, nesta quinta-feira (19), na sede da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), em Brasília, os representantes de sindicatos e federações avaliaram a conjuntura de 2019, abordando questões como defesa da Caixa 100% pública, manutenção de direitos, Funcef e Saúde Caixa, e debateram propostas de mobilização para o próximo ano. Para a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, é preciso fazer o enfrentamento contra a gestão do medo implantada pela direção do banco com cobranças de metas abusivas, descomissionamentos arbitrários e  reestruturação.

Dentre os encaminhamentos definidos no encontro estão intensificar a luta pela manutenção dos direitos dos empregados do banco, dar continuidade a campanha em defesa da manutenção do banco 100% público #ACAIXAÉTODASUA, dentre outros.

“O ano de 2019 foi marcado por graves ataques aos direitos dos trabalhadores, como a Medida Provisória 905, que prevê mudança na jornada de trabalho dos bancários e retira outras conquistas obtidas com muita luta. Na Caixa, além do fatiamento do banco, a venda da Lotex e ameaça de privatização de outros ativos da empresa, os empregados estão sendo duramente atacados”, avalia Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa e diretor da Fenae.

Segundo o dirigente, apesar de todo o desmonte dos direitos trabalhistas do governo Bolsonaro os trabalhadores resistiram e saíram vitoriosos. “Conseguimos manter nossos acordos e conquistas. Fizemos em 2019 um Conecef histórico, em que a categoria reafirmou sua unidade e força de mobilização. E em 2020, vamos continuar resistindo”, acrescentou Dionísio.

Além de barrar os efeitos da Medida Provisória 905, ele lembra que graças ao acordo coletivo de dois anos foi possível manter o Saúde Caixa, além de novas conquistas como o impedimento de descomissionamento de gestantes.

O coordenador da CEE/Caixa disse que está cobrando da empresa uma negociação da mesa permanente para o dia 15 de janeiro. Na reunião desta quinta-feira, foi tirado um indicativo de realização de um Dia de Luta no dia 13 de janeiro para marcar o aniversário da Caixa (12/01) e protestar contra as medidas de fatiamento do banco e de retirada de direitos dos trabalhadores. “Também vamos orientar a realização de plenárias para debater a reestruturação e outros ataques aos empregados”.

A reunião da CEE/Caixa prossegue nesta sexta-feira com debate sobre Funcef.

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