O que você vai fazer no dia 30 de junho? A sua decisão quanto a esta reflexão pode representar mudanças profundas em nosso país.
O que está em jogo não é um fato isolado ou a soma de medidas que afetam um único segmento da sociedade. Estão em jogo a cidadania e o mundo do trabalho do povo brasileiro.
As reformas propostas por Temer interferem diretamente na sua vida, na de seus pais e de seus filhos, em várias gerações. Por isso, devem ser barradas.
Além das mudanças nas leis trabalhistas e na Previdência, o esfacelamento das empresas públicas, a desvalorização da Caixa, com fechamento de unidades, redução no quadro de empregados e perdas de funções, ameaças de mudanças no Saúde Caixa e reestruturações são consequências desta política rasteira.
A política praticada pelo governo ilegítimo de Temer não enxerga o trabalhador como cidadão plural, político e atuante na sociedade em que vive, apenas o enxerga como mero instrumento de produção.
Diante desta agressiva investida do governo na retirada dos direitos e da cidadania da classe trabalhadora, é preciso reagir, resistir e lutar em defesa das empresas públicas, da Previdência, das leis trabalhistas, do emprego, das garantias de condições de trabalho.
Portanto, pense bem: o que você vai fazer em 30 de junho?
Manifestações na Caixa – muitos empregados da Caixa participaram dos atos e movimentos em 28 de abril, última greve geral proposta pelas centrais sindicais em defesa dos trabalhadores.
No entanto, a direção da Caixa, em uma atitude truculenta e de desrespeito, não cumpriu liminar que barrava o desconto do dia e deve se retratar com os empregados com a devolução dos valores, além da retirada da falta injustificada.
O próprio presidente do banco, Gilberto Occhi, afirmou que não autorizou o desconto.
“Estamos brigando, na justiça inclusive, para que a Caixa devolva os valores descontados indevidamente referentes ao dia 28 de abril”, reforçou o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra. “A participação dos empregados da Caixa nas manifestações do dia 30 é essencial para garantir nossos direitos”.
Andamento das reformas – Em nota, os organizadores da luta lembraram que: “A ação das Centrais Sindicais tem resultado em uma grande mobilização em todos os cantos do país, como vimos nos dias 8 e 15 de março, na Greve Geral de 28 de abril e no Ocupa Brasília em 24 de maio. Como resultado do amplo debate com a sociedade e das mobilizações, conseguimos frear a tramitação da Reforma da Previdência e tivemos uma primeira vitória na Reforma trabalhista, com a reprovação na CAS (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado).
Mas ainda não enterramos essas duas reformas e, por esse motivo, continuamos em luta”.