Foi confirmada, por meio de divulgações na mídia, a saída do atual presidente da Caixa, Gilberto Occhi do banco público para assumir o Ministério da Saúde, como novo ministro.
Occhi tomou posse na presidência da Caixa em 1º de junho de 2016 e desde então vem comandando a retomada do projeto de privatização do banco.
Logo no início de sua gestão, Occhi, que é ex-empregado de carreira da Caixa, anunciou que o banco precisava frear sua expansão e deixou claro que havia a intenção de vender os serviços de algumas áreas da instituição financeira.
As eleitas foram às áreas de loterias, cartões e seguros, intenção lembrada pelo presidente da Caixa diversas vezes em entrevistas e eventos. Dentre estas três a Lotex (as famosas raspadinhas) foi a primeira encaminhada para leilão (sem conclusão até o momento).
Sob o comando de Occhi também ocorreram três programas de desligamento, dois PDVEs (Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário) e o recente PDE (Programa de Desligamento de Empregados). Tudo isso em meio a falta de empregados que já afetava as unidades do banco, trazendo como consequência ainda mais acúmulo de funções e adoecimento. Isso sem contar o fechamento de agências e a as unidades obrigadas a parar o atendimento no horário de almoço por falta de pessoal.
Occhi não deixará saudades. Foi nomeado por sua ligação com o Partido Progressista (PP) para colocar em prática as vontades do governo Temer, papel este que cumpriu perfeitamente. Foram quase dois anos de desmonte.
No entanto, o cenário não é animador, já que apesar da troca no comando a Caixa continuará nas mãos de aliados de Temer.
O novo presidenta da Caixa será Nelson Antônio de Souza. Ele iniciou carreira na Caixa em 1979. Já ocupou os cargos de diretor-executivo de Gestão de Pessoas, chefe de gabinete da Presidência e superintendente nacional da Região Nordeste e do FGTS. Em 2014, assumiu a Presidência do Banco do Nordeste e em agosto de 2015 tomou posse como vice-presidente de Habitação da Caixa.
Mais uma vez, o governo manipula seus ministérios, secretarias e estatais em uma intensa dança das cadeiras que serve unicamente aos interesses políticos e não aos interesses do povo.