A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço (CTASP), as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e os partidos de oposição ao atual governo (PT, PROS, PCdoB, MDB, PDT, PSB, REDE e PSOL), além de líderes sindicais, incluindo a APCEF/SP, representantes de movimentos sociais, dos povos da floresta e quilombolas, reuniram-se em Brasília, nesta quarta-feira (04), para um ato e seminário em defesa da soberania nacional, da Amazônia, da educação e contra as privatizações. O ato contou ainda com as presenças da ex-presidenta Dilma Rousseff, do ex-ministro Celso Amorim, dos candidatos à presidência da República nas últimas eleições, Fernando Haddad e Guilherme Boulos, do governador do Piauí e funcionário de carreira da Caixa, Wellington Dias, entre outros.
Simbólico que a data escolhida para o lançamento da “Frente Parlamentar Mista” ocorra na semana que antecede a comemoração da “Independência do Brasil”, data em que ocorrem, também, manifestações dos movimentos sociais, desde 1995, com o objetivo de denunciar a exclusão social no país e propor caminhos para uma sociedade menos desigual. Hoje, 24 anos depois, os excluídos aumentaram no Brasil com o crescimento da pobreza e da desigualdade.
O aprofundamento da crise econômica e os desmandos do atual governo, no que tange questões estratégicas para o crescimento do país, como a privatização de 17 empresas estatais, a retirada de repasses para a Educação, a política criminosa em relação à Amazônia – aumento de desmatamentos e queimadas – , levou as mais diversas representações da sociedade a se juntarem para o lançamento de uma frente ampla em defesa do Brasil é um grande passo em direção a retomada do crescimento.
Participantes do seminário encaminharam a constituição de uma campanha em defesa da soberania nacional envolvendo todos os setores da sociedade, a formação de um comitê nacional, composto por uma pessoa indicada por cada partido e duas pessoas representando as duas Frentes, e a formação de comitês estaduais seguindo a mesma configuração do comitê nacional.
Também ficaram definidas iniciativas prioritárias, como a realização de atos pelo Brasil em defesa das estatais ameaçadas de privatização, incluindo os bancos públicos, em defesa da Amazônia e pela reestatização da Vale.
Abaixo o calendário de atividades:
07/09 – Grito dos Excluídos e Luta em defesa da Educação
19/09 – Jornada rumo ao centenário de Paulo Freire
20/09 – Dia Nacional de manifestações e paralisações contra a destruição do Brasil
24/09 – Indicativo votação da “Reforma da Previdência” no Senado
26/09 – Ato em Brasília em defesa dos Correios
03/10 – Ato no RJ e em Curitiba em defesa da Petrobras e da Soberania
05/10 – Ato Nacional em Marabá em defesa da Amazônia
15/10 – Ato em São Paulo em defesa dos Bancos Públicos
16/10 – Dia Mundial da Alimentação
17/10 – Seminário (CNTE) contra a violência no ambiente escolar
18/10 – Ato Nacional em Recife em defesa da Eletrobras
25/10 – Ato em Brumadinho em defesa da reestatização da Vale
20/11 – Caravana em defesa da Base de Alcântara