Em 2020, após uma série de problemas ocorridos com os empregados não resolvidos pelos canais institucionais do banco ou mesa de negociação permanente, a Apcef/SP apresentou denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para buscar a solução para os problemas apontados via mediação do órgão ou, caso esta mediação fosse frustrada, por meio de Ação Civil Pública.

As condutas da Caixa investigadas pelo MPT/SP tratam da prática de assédio nas unidades, das transferências arbitrárias realizadas como forma de pressionar os empregados a aderir ao último PDV, e da cobrança exacerbada de metas com atos revestidos de assédio moral.

O MPT/SP acolheu as denúncias feitas pela Apcef/SP e Sindicato, instaurando inquérito civil para aprofundar as investigações. No curso do inquérito alguns empregados foram ouvidos em sigilo.

Recentemente, o MPT/SP enviou ofício à Apcef/SP no qual solicitou o detalhamento de alguns destes fatos. A Apcef/SP encaminhou as informações solicitadas, e também citou outros problemas correlacionados, como as ferramentas que a administração da Caixa supostamente utiliza como formas de controle e acompanhamento, mas que na prática estão sendo aplicadas fonte de ameaças e como forma de aumentar a pressão sobre os empregados, a exemplo da GDP, PQV e do Time de Vendas e aplicação do home office como forma de burlar a jornada de trabalho dos empregados (o que fica evidente em unidades cuja meta dos empregados que atuam em home office é maior que a dos empregados que estão trabalhando presencialmente).

“As cobranças por metas tem sido feitas de forma abusiva, sendo cada vez mais frequentes as ameaças de descomissionamento. Estas ameaças se elevam quando a própria direção não age para coibir este modelo, é muito pouco transparente, e promove mudanças que impactam a vida dos empregados sem qualquer discussão para mitigar os potenciais impactos destas alterações. Esta foi a tônica da administração de Pedro Guimarães, e o resultado foi um crescimento absurdo do adoecimento dos empregados. Agora, estamos cobrando que a presidente Daniella Marques assuma sua responsabilidade e, no mínimo, cumpra os acordos. A pressão sobre os empregados não aumentou, pelo contrário. adianta falar que é diferente, se está agindo igual ao presidente anterior”, relata o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

Transferências arbitrárias – Para que possamos colaborar com o inquérito, precisamos que os colegas que foram transferidos arbitrariamente ao final de 2021 entrem em contato conosco pelo e-mail juridico@apcefsp.org.br. O sigilo é garantido.

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