O candidato do PT à presidência, Fernando Haddad, assinou na manhã de ontem (7), no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, termo de compromisso com o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas. No documento, ele se compromete a “apoiar e defender o fortalecimento das empresas públicas em nome do interesse coletivo e da soberania nacional” caso eleito.

Com o resultado do primeiro turno ao final do dia, confirmando a disputa entre Haddad e Jair Bolsonaro (PSL), a questão das privatizações fica evidenciada em dois projetos distintos, já que o candidato do PSL tem como diretriz a venda de estatais. Embora pouco fale sobre sua plataforma econômica, seu mentor, Paulo Guedes, já deixou claro mais de uma vez que pretende promover a privatização de “todas” as estatais, justificando que essa seria uma forma de reduzir o endividamento público. A entrevista de Guedes foi concedida à Globonews em 24 de agosto passado, e pode ser acessada pelo link https://glo.bo/2RAoCzh

“O resultado das urnas também nos mostra que o próximo Congresso será extremamente conservador. Teremos embates árduos para garantir nossos direitos e a manutenção das empresas públicas”, aponta a coordenadora do Comitê e representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, ao destacar a importância de Haddad ter firmado o termo de compromisso com o Comitê. “São dois projetos opostos que estão colocados para o País. Além da questão das privatizações e do respeito à soberania nacional é preciso ter em mente a defesa dos direitos humanos e da própria democracia que nos permite dialogar com diferentes atores e, inclusive, ir às urnas. Não podemos, de forma alguma, optar pelo retrocesso”, aponta Rita.

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