Entre as dificuldades enfrentadas pelos empregados da Caixa para atender a população em meio à pandemia está o relacionamento com alguns órgãos públicos.

A APCEF/SP recebeu informação de que a prefeitura de Mauá teria notificado uma agência da Caixa na cidade por conta da aglomeração formada por clientes em busca de informações ou do saque do Auxílio Emergencial, ameaçando multá-la caso as filas persistissem. Desnecessário dizer que a atuação da prefeitura de Mauá não contribui para resolver o problema central das aglomerações.

Na outra ponta, a prefeitura de Itapecerica da Serra tem auxiliado a população que busca os serviços da agência da cidade, ação que denota zelo com a saúde e a segurança dos munícipes. Tupã prestou o mesmo auxílio. Já Franco da Rocha abriu as escolas municipais para a população realizar o cadastramento para o Auxílio Emergencial.

Em São Paulo, capital, desde quinta-feira (29), nove unidades do Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cate) foram reabertas para auxiliar a população a habilitar o seguro-desemprego e acessar o Auxílio Emergencial, com atendimento mediante agendamento, para manter o maior distanciamento possível entre as pessoas.

Em um momento atípico como o que estamos vivendo, é necessário que haja, por parte do poder público, atitudes que auxiliem a resolver os problemas e não criar novos. Notificar ou multar agências da Caixa por conta das filas, não contribui para resolver o problema central das aglomerações, que é o aumento no risco de contágio pelo coronavírus.

Auxiliar as pessoas que buscam informações, aumentar a segurança ou ajudar com as filas, como está sendo feito por alguns órgãos públicos, ou cobrar do governo a veiculação de uma campanha ampla de esclarecimento, isso sim poderia ajudar.

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