Começou nesta segunda-feira (4), mais um pagamento de benefício do governo na Caixa. O BEm (Benefício Emergencial) para empregados com carteira assinada prejudicados pela crise do coronavírus será pago para empregados intermitentes e para os que fizeram acordo de redução de salário ou suspensão do contrato de trabalho há pelo menos 30 dias.

Assim como o Auxílio Emergencial, o pagamento do BEm será feito pela Caixa em parcelas. Empregados intermitentes com conta poupança na Caixa devem receber nela. Para os demais, o banco abriu uma poupança social digital, que deve ser acessada e movimentada pelo Caixa Tem, mesmo aplicativo que já está sobrecarregado pela demanda do auxílio emergencial.

Tirar dúvidas, dar explicações e resolver problemas com o BEm será mais uma tarefa, entre tantas outras, para os empregados da Caixa, que já estão atuando no limite para atender à população. O governo decide, não planeja, mal resolveu os problemas do Auxílio Emergencial e já coloca mais uma atribuição nas mãos de quem está na linha de frente, nas agências do banco público.

O histórico do investimento da Caixa em Processamento de Dados e Comunicações dá um indício das causas do problema que os empregados enfrentam hoje. O valores investidos (corrigidos pelo INPC) no ultimo exercício são os menores dos últimos anos. Na página 20 do último Relatório de Análise de Desempenho divulgado pela Caixa anunciava, a empresa anuncia, em tom de comemoração, a redução em 10% e 11% dos investimentos em Processamento de Dados e Comunicações, respectivamente.

Como sempre, os empregados atenderão a demanda, dando sempre seu melhor e fazendo todo o possível. Mas, para isso, o governo e a direção do banco devem assumir suas responsabilidades e garantir aos empregados as condições para que o empregado possa trabalhar sem adoecer e prestar um atendimento digno à população.

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