A mobilização dos empregados da Caixa contra a privatização do banco e o desrespeito da direção com os trabalhadores durante a pandemia tomou conta das redes sociais nesta quinta-feira (23). Com a hashtag #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil, o objetivo foi chamar a atenção da sociedade para a importância do banco público para os brasileiros e para os reais interesses do governo em privatizar o banco. E estes não são para melhorar a vida da população.

A Caixa tem se mostrado imprescindível neste momento de crise causada pela pandemia do coronavírus. Já efetuou o pagamento do Auxílio Emergencial a 65,2 milhões de pessoas e está responsável pela liberação de saques do FGTS para aproximadamente 60 milhões de trabalhadores. Isso sem contar o apoio à economia, com a concessão de empréstimos ao setor produtivo, neste momento crítico que o país atravessa.

Apesar disso, a direção do banco e o governo vêm reforçando que os planos de privatização da Caixa seguem firmes e fortes. Encolhimento da função social, fatiamento por meio da venda das áreas mais rentáveis e estratégicas do banco, cobrança de metas abusivas e pressão para o retorno ao trabalho em meio à pandemia do coronavírus são alguns dos motivos que levam os trabalhadores a denunciar os ataques ao banco e a precarização das condições de trabalho.

É fundamental alertar a sociedade brasileira sobre a importância da Caixa para o Brasil e para os brasileiros. Com sua privatização, o país perderá em investimentos em políticas públicas como saneamento básico, habitação, educação, saúde e segurança.

Para se ter uma ideia, somente nos três primeiros meses de 2020, as Loterias da Caixa, que estão na mira da agenda privatista, arrecadaram R$ 4 bilhões. Deste total, cerca de R$ 1,5 bilhão foram transferidos aos programas sociais do governo federal nas áreas de seguridade social, esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde, correspondendo a um repasse de 37,2% do total arrecadado.

Os empregados da Caixa defendem o fortalecimento do banco, para ajudar o Brasil a sair da crise após a pandemia, com mais investimentos públicos para gerar emprego e renda e respeito aos seus direitos com garantia de condições dignas de trabalho.

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