Os empregados da Caixa têm denunciado o afrouxamento das medidas de segurança e prevenção contra a Covid-19 nas agências do banco público em todo o país. As informações são confirmadas por dados preliminares da pesquisa Dossiê Covid-19 como uma Doença Relacionada ao Trabalho, que tem como objetivo produzir um relatório sobre a Covid-19 em atividades de trabalho.

:: A pesquisa ainda não foi concluída. Para participar, clique aqui.

O objetivo do estudo – desenvolvido por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP), Estadual Paulista (Unesp) e Federal do Pará (UFPA) – é dar visibilidade à relação entre a atividade profissional e o adoecimento por contaminação pelo coronavírus.

Para a médica e pesquisadora do Trabalho, Maria Maeno, a pesquisa com os bancários da estatal tem um peso maior, já que considerável parte deles manteve o trabalho presencial para o pagamento do Auxílio Emergencial e de outros benefícios sociais à população. Ela integra o grupo de pesquisadores que atuam no estudo por meio da cooperação técnica entre a Fenae e a Associação de Saúde Ambiental e Sustentabilidade (Asas).

Até o momento, mais de 600 empregados da Caixa responderam à pesquisa. Os dados mostram que mais de 70% dos participantes informaram que no local onde trabalham faltam ventilação, janelas ou outra abertura para o ambiente externo. A maioria também informou que há contato próximo com os clientes ou colegas de trabalho.

“Esse resultado, mesmo que parcial, reforça a necessidade de incluir os bancários nos grupos prioritários da vacinação, já que esse é um grupo que ficou impedido de realizar distanciamento social e que se expõe diariamente de diversas formas durante o trabalho, diferente de outros grupos que podem adotar essas medidas de proteção” , lembra a diretora da Apcef/SP, Vivian Carla.

Confira alguns dos resultados já apresentados:

 

 

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