A Apcef/SP enviou ofício nesta sexta-feira (7/1) à direção da Caixa, relatando o aumento dos casos de Covid-19 em São Paulo e reivindicando melhorias nas medidas de proteção contra o coronavírus definidas para as unidades do banco público. “Queremos que a direção adote medidas mais rigorosas, como ampliação do home office, colocação imediata de empregados com suspeita e casos confirmados em quarentena, aplicação de testes e fornecimento de EPIs, como máscaras e álcool em gel para unidades”, explicou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “É assustador o aumento do número de trabalhadores contaminados”, reforçou.

No último dia 6 foram 45.717 casos registrados em 24 horas em todo o Brasil – o maior registro desde 18 de setembro de 2021, conforme levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. Algumas cidades de São Paulo registraram aumento de 1.112%, caso de Amparo, que tem 72 mil habitantes e quase mil pessoas em isolamento.

Nas unidades da Caixa há registros, nesta semana, de casos de Covid-19 em prédios da capital que concentram a maior parte dos empregados de áreas-meio da região, como o São Luiz Gonzaga, Brás, Complexo Paulista e Sé. Algumas áreas em que há trabalhadores contaminados são a CEHAG, CIOPE, CEOPN, CEMOB, FCVS, CELCC, GEOTN, segmentos de infraestrutura e de grandes empresas da Vinat, além dos casos ocorridos em agências. Apenas na Grande São Paulo foram registrados casos de colegas com Covid-19 em seis agências da SR SP Norte, três da SEV Suzano, duas da SEV Brás e duas da SEV República. Há casos também nas SEVs Ipiranga, Mooca, Moema, Paulista e Bela Vista. Há agências com seis colegas afastados, com suspeita ou confirmação de infecção por Covid-19, além dos afastamentos ocorridos pela nova gripe.

“Recebemos relatos de que há falta de álcool em gel em diversas unidades e, que, apesar de o AD013 prever a compra de máscaras e álcool com recursos do pronto-pagamento, esta verba tem sido reduzida para valores pré-pandemia”, contou Leonardo Quadros. “A direção do banco não pode agir como se o problema não existisse. A responsabilidade sobre a saúde dos empregados no ambiente de trabalho é dela, e o mínimo que devem fazer é reconhecer os casos e atuar de maneira efetiva para buscar a prevenção, que é sempre o melhor caminho”, finaliza Leonardo.

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE), que representa os bancários da Caixa na mesa de negociação, encaminhou as demandas à direção da empresa, cobrando também uma reunião com os representantes da direção para tratar do assunto.

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