Foi anunciado, por suspeita de fraude, o bloqueio de “centenas de milhares” de contas de poupança social, utilizadas para o pagamento do Auxílio Emergencial (e futuramente para o saque do FGTS previsto pela MP 936). Algumas estimativas falam em 3 milhões de contas suspensas. A orientação do governo é que os trabalhadores que sofreram o bloqueio devem se apresentar pessoalmente em uma agência do banco, levando documento de identidade, para confirmar que são titulares das contas e regularizar o cadastro. Ou seja, nos próximos dias, milhares de clientes devem voltar a lotar as unidades do banco público.

Além disso, nesta semana, teve início o pagamento da quarta parcela do Auxílio Emergencial para inscritos no Bolsa Família. Os saques em dinheiro ocorrem desde 20 de julho, conforme o último número do NIS (Número de Identificação Social).

Com a mudança constante de datas de pagamentos, de saques e depósitos, a população continua procurando as agências da Caixa para informações. E agora devem se somar àqueles que tiveram seus benefícios bloqueados.

Aglomeração preocupa – O aumento do número de pessoas dentro das agências da Caixa é um fator que causa preocupação por conta da disseminação do coronavírus entre empregados e clientes.

Recentemente, em 10 de julho, a Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou as diretrizes sobre a transmissão do novo coronavírus, reconhecendo que ela pode ocorrer pelo ar, por meio de partículas em suspensão.

Esta condição é preocupante sobretudo em ambientes fechados com aglomeração de pessoas, como o encontrado nas agências bancárias.

Novamente, a Caixa coloca a saúde de trabalhadores e clientes em risco em um momento ainda bastante crítico da pandemia. Nesta terça-feira (21), o Estado de São Paulo registrou 20.171 óbitos e 422.669 casos confirmados do novo coronavírus. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 637 cidades, sendo 435 com um ou mais óbitos.

Condições de trabalho – Além das ampliação das condições de segurança requeridas pelas entidades representativas, o que fez com que fossem instalados anteparos de proteção nos guichês de atendimento, fornecimento de Face Shields e compra centralizada de máscaras e álcool em gel para as unidades, entre outros, a Apcef/SP e a Agecef/SP encaminharam ontem (21/7) uma cobrança à Caixa de mais medidas de proteção aos empregados contra o contágio pela Covid-19 (clique aqui para ler o documento).

Compartilhe: