Na sexta-feira (1), o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em entrevista coletiva, anunciou a abertura de 902 agências exclusivamente para atendimento de saques do Auxílio Emergencial. A grande mídia divulgou a abertura no sábado, mas não informou que não seriam todas as agências. Os empregados da Caixa sequer tiveram condições de colar o cartaz Caixa Informa nas agências que não abririam, para corrigir a informação.

Por volta das 6 da manhã, diretores da APCEF/SP que estavam indo visitar as agências que abririam no sábado constataram enormes filas em agências da zona norte da capital que não estavam relacionadas para abrir. Algumas das pessoas que aguardavam disseram que chegaram já na sexta-feira à noite para garantir os primeiros lugares na fila.

Imediatamente, os dirigentes da APCEF/SP entraram em contato com as áreas da Caixa responsáveis pelas agências de São Paulo solicitando reforço na segurança pública para conversar com a população que estava em frente das unidades que não abririam e dispersar as filas.

Como resultado da não divulgação clara e da falta de planejamento das ações em relação ao pagamento do Auxílio Emergencial por parte do governo, a situação chegou a um nível insustentável. A população, revoltada pela frustração de não conseguir acesso aos recursos do Auxílio Emergencial, depredou algumas agências da Caixa em várias regiões do país, inclusive uma em São Paulo, na capital.

Sem investimento na área de Tecnologia do banco público, não há como resolver os problemas com o aplicativo. Sem divulgação clara, como tem sido cobrado do governo e da direção da Caixa há tempos, a população não sabe como conseguir informações e têm muitas dúvidas. Sem planejamento das ações, os empregados da Caixa sofrem, com jornadas abusivas, expostos a todos os tipos de riscos, inclusive de segurança física, e à contaminação.

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