A proposta de colocar representantes do mercado financeiro em postos-chave da Caixa, como as diretorias executivas, jurídica e na auditoria foi derrotada em dezembro passado, quando o novo estatuto da empresa foi aprovado. Mas o risco retorna agora, com a informação, divulgada na imprensa, de que o Conselho de Administração do banco deve votar o fim da prerrogativa de que empregados concursados ocupem esses cargos (leia mais em http://blogs.correiobraziliense.com.br/vicente/caixa/).
“É uma notícia que me surpreende, porque, até o momento, o assunto não foi pautado no CA. Tudo indica que fui excluída desse debate, porque entendo que essa proposta representa uma tentativa evidente para privatizar a gestão, desqualificando os empregados. Não podemos permitir que isso aconteça. Vamos lutar”, afirma a representante dos empregados no CA, Rita Serrano. A próxima reunião do Conselho de Administração está marcada para 21 de maio.
A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) também divulgou uma nota contra essa possibilidade de alteração no estatuto do banco. “Defendemos uma gestão democrática e transparente na Caixa, com a presença dos empregados nos cargos de direção. Da mesma forma, seu papel como banco público, que deve investir em programas sociais e em seus empregados, e não em megaeventos como o que ocorreu nesta semana em Brasília, num momento em que a empresa implanta programa para corte de custos”, destaca a conselheira Rita Serrano.
A nota da Fenae pode ser lida em https://www.fenae.org.br/portal/fenae-portal/noticias/nota-governo-quer-acabar-com-carreira-de-empregados-da-caixa.htm