Por Rita Serrano

Os bancos públicos têm exercido um importante papel na formação e no desenvolvimento do Estado brasileiro, duas empresas se destacam, Caixa e Banco do Brasil. Ao longo dos dois últimos séculos foram responsáveis pela execução de políticas econômicas e sociais, que mudaram a vida de milhões de brasileiros. Sobreviveram a diversos governos e a instabilidades de toda ordem e hoje novamente se veem ameaçadas pelo retorno do modelo neoliberal de privatizações e ataque ao patrimônio público instaurado no poder desde 2016.

Entrei na Caixa em 1989, lá se vão 28 anos, mais da metade da minha vida dedicada ao banco, o ser humano que sou hoje é consequência dessa trajetória, a experiência profissional, a carreira, a formação acadêmica, a atuação sindical, associativa, na comissão de negociação, no comitê em defesa das empresas públicas, no conselho de administração, são vertentes da minha vida e de outras milhares e milhares, que envolvem essa instituição centenária do Estado Brasileiro.

É um orgulho e privilégio fazer parte dessa história, sabendo que os empregados são o maior patrimônio da Caixa, e que têm consciência que seu dever nesse momento é defender a sua continuidade para o avanço social e desenvolvimento do Brasil, porque afinal a “ Caixa é muito mais que um banco” e nós somos muito mais que bancários, somos cidadãos e cidadãs preocupados com o futuro.

A Caixa nasceu mexendo com o sonho dos brasileiros; o sonho de ser livre, com a poupança para a compra da alforria pelos escravos; o sonho de um futuro melhor para os filhos, com a poupança aberta pelos pais; o sonho de ficar rico, com as loterias; o sonho de ter uma conta bancária, com a conta Caixa fácil; o sonho da casa própria, com o Minha Casa, minha vida. Enfim o sonho da melhoria de vida, da ascensão social, de um futuro melhor.

Por tudo isso é fundamental a união em defesa do banco e dos empregados, pois essa defesa dá continuidade a uma história honrosa de desenvolvimento do País e dos brasileiros em busca de igualdade social e oportunidades para a maioria. Além disso, revela o perfil do empregado da Caixa, empenhado não apenas em garantir e ampliar seus direitos, mas, também, em participar da construção de uma sociedade melhor e mais justa.

Rita Serrano é representante dos empregados da Caixa no Conselho de Administração da empresa. Coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, é mestra em Administração.  

 

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