O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão do cargo nesta sexta, 1. Em carta ao presidente Michel Temer, Parente afirma que sua ´permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva (…)´. Para o movimento sindical, porém, ela foi unicamente negativa, já que coube a Parente a responsabilidade pela política de reajustes de preços na Petrobras que, em benefício dos investidores estrangeiros, levou o País ao caos com o desabastecimento.
“A saída de Pedro Parente da Petrobras representa uma vitória da resistência dos movimentos sindical e social contra a privatização das empresas públicas brasileiras, e é resultado da luta da categoria petroleira, que fez uma greve de alerta nos últimos dias”, destaca a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano. Desde o início da gestão de Parente a Petrobras passou a reajustar os preços dos combustíveis até diariamente.
Na última terça-feira um membro do Conselho de Administração da Petrobras, José Alberto de Paula Torres Lima, também apresentou sua renúncia alegando razões pessoais. De acordo com o movimento sindical petroleiro Torres Lima é ligado há mais de 27 anos à Shell, petrolífera internacional, e foi eleito após indicação. Segundo comunicado da Petrobras a substituição de Pedro Parente por um interino deverá ser examinada ao longo do dia de hoje pelo Conselho de Administração da empresa.